segunda-feira, 26 de julho de 2010

Os pássaros da vida (Free Bird)

Como no texto anterior, de hoje mesmo questionei o fato de depositarmos esperanças ou expectativas nas pessoas e de certa forma, a gente acaba se decepcionando. Há um mês escrevi o texto Songbird (clique para ler o texto) enaltecendo um pássaro que entrara na minha vida. 

Sei que nesse período cometi meus erros, às vezes em silêncio, outras falando mais do que deveria ou por não falar quando deveria. Mas um pássaro com uma asa presa e uma livre junto a um pássaro totalmente livre inevitavelmente ficaria no galho da sua árvore. Minha vida tem caminhado muito rápido... lugares, pessoas, descobertas e vivendo. Não podia esperar. Meu caminho é um só.

Sendo justo, eu não fui totalmente justo. Mas, seguimos com nossa vida adiante. Não há vilões, ou certo ou errado. Somente não há mais. Por ora, quem sabe. E, coincidências à parte...o ciclo do Songbird pode ser muito bem concluído com a música Free Bird do Lynyrd Skynyrd, e que como de costume, segue letra e vídeo abaixo para quem não conhecer.

Free Bird (Lynyrd Skynyrd) 

If I leave here tomorrow
Would you still remember me?
For I must be travelling on, now,
'Cause there's too many places I've got to see.
But, if I stayed here with you, girl,
Things just couldn't be the same.
'Cause I'm as free as a bird now,
And this bird you can not change.
Lord knows, I can't change.
Bye, bye, baby its been a sweet love.
Though this feeling I can't change.
But please don't take it so badly,
'Cause Lord knows I'm to blame.
But, if I stayed here with you girl,
Things just couldn't be the same.
Cause I'm as free as a bird now,
And this bird you'll never change.
And this bird you can not change.
Lord knows, I can't change.
Lord help me, I can't change.
Lord, I can't change.
Won't you fly high, free bird
Yeah


Abraços a todos meus leitores invisíveis.

Aqui Se Faz, Aqui Se Paga e Apaga.

Quando decidimos certas coisas na nossa vida sabemos que sempre existe a possibilidade de mudar o rumo daquilo no meio do caminho. Até que isso quase aconteceu. Mas eu percebi que talvez, não é esta a hora de uma mudança tão radical e me expor novamente, pois realmente não podemos esperar muito das pessoas ou quebramos a cara.

"Um passinho à frente por favor... Isso mesmo. Your Time Is Up."

aureliomasr

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Discos! Discos! Discos! - Parte 2

Continuando a série do mês do Rock, mais três discos que influenciaram minhas escolhas e gostos musicais.

O Clássico

Frampton Comes Alive é um divisor de águas entre minha infância e adolescência musicais. Escutei-o pela primeira vez aos 15 anos e vi que existem músicos e MÚSICOS, sendo Peter Frampton um MÚSICO diferente... Esse álbum é recheado de clássicos como Show Me The Way, Do You Feel Like We Do? ou a manjada Baby, I Love Your Way. Grandes solos, improvisos e uma voz ótima de se ouvir. Grande álbum.

O Recente



Nem tão recente assim, o segundo CD do Radiohead, The Bends caiu na minha mão por engano. Pedi que meus pais me dessem o OK Computer (terceiro CD da banda) de presente de aniversário, acabou que minha mãe comprou o The Bends. Abri do mesmo jeito e ouvi. Depois da primeira audição, lembro de chegar perto da minha mãe e dizer que ela acertou sem querer. O OK Computer é um clássico do Radiohead - na minha opinião, é o Dark Side Of The Moon deles -, e eu já sabia que era um ótimo álbum. Mas escutar The Bends sem realmente saber o que era foi perfeito. Desde então, Radiohead é minha segunda banda preferida, depois do Pink Floyd. Vale a audição: High & Dry e Fake Plastic Trees, eu recomendo Black Star e Street Spirit, as que eu mais gosto.

O Nacional



Bandas brasileiras metidas a intelectuais, cult ou moderninhas demais normalmente não são bem entendidas pela crítica dita "especializada" - vide comentários rídiculos do Sr. Álvaro Pereira Júnior sobre qualquer banda que ele não goste. Mas o Los Hermanos arrebanhou uma legião de fãs tão grande que se tornou meio que um mito no mainstream nacional. O segundo álbum deles trás uma levada bem diferente do primeiro, onde muitos diriam que eles amadureceram. Pra mim, eles fizeram o som que sempre esteve dentro daqueles quatro caras. Brincadeiras com a métrica dos versos em Cadê Teu Suín-?, pra não citar A Flor, Sentimental, Retrato Pra Iaiá e Todo Carnaval Tem Seu Fim... um puta discaço e, sorte de quem conseguiu assistir a shows deles.

E pra criar uma polêmicazinha... Um disco que não mudou minha vida, mas deu certeza de uma coisa... Legião Urbana - Dois. Tive certeza que acho Legião Urbana e Renato Russo um porre...

terça-feira, 13 de julho de 2010

Discos! Discos! Discos!

Sim pessoas! Leitores invisíveis! Discos! 

Hoje é Dia Mundial do Rock e em homenagem a esta data e a este estilo que muita gente é fanática, vou postar ao longo desse mês alguns dos discos que mudaram a minha vida. Não vou colocar os links pra download, óbvio, mas baixem, conheçam... E se gostarem comprem o original! Vou tentar revezar entre um clássico, um atual e um nacional!

E não vou citar nada do Pink Floyd, pois seria chover no molhado.

O Clássico.



Começo pelo álbum Yes, do Yes. Álbum de 1968, excelente! Peguei emprestado do meu tio e gostei de cara de sons como Beyond and Before, Yesterday and Today e a maravilhosa Harold Land. Rock Progressivo de primeira numa época onde o Yes ainda não era uma banda tão elitizada e complexa de se ouvir. 

O Recente.

 
À esquerda, a capa original. A da direita, é a versão americana, lançada no Brasil
 posteriormentecom um DVD adicional.

Uma banda considerada "indie" euqe fez um sucesso repetino graças ao hit Last Night. No entanto, o CD conta ainda com Hard To Explain, New York City Cops - banida nos EUA, assim como a capa americana foi alterada, por censura. Na verdade, o disco todo é do caralho. Recentemente eles retomaram as atividades após um "tempo" na banda, talvez porquê não souberam lidar com a fama e os holofotes. CD pra se ouvir tomando uma cerveja, jogando sinuca, agarrado numa loira e de olho na ruivinha da mesa ao lado.

O Nacional.



O Engenheiros do Hawai tem uma enorme base de fãs no Brasil. E outra base de "odiadores". É bem "ame-o ou deixe-o". No entanto, não vou discutir o lirismo de Gessinger nem seu egocentrismo após a separação da formação clássica. A qualidade do Engenheiros na década de 80 era a sintonia de três músicos putamente sincronizados e talentosos, e isso pode ser comprovado em Filmes de Guerra e Canções de Amor, clássico pra mim pelo fato de ser um álbum de releituras perfeitas de canções que já eram perfeitas.. Quando poderemos comparar "Ando Só" nas versões original e deste álbum? Ou "Muros e Grades"? Um álbum que ouvi da primeira vez e fiquei assustado com pico o que Gessinger, Licks e Maltz atingiram.

Como disse David Gilmour no DVD Classic Albuns The Dark Side Of The Moon: "Eu gostaria de ser uma pessoa que iria se sentar, colocar os fones no ouvido e pela primeira vez ouvir esse disco. Mas nunca terei essa sensação."

Daqui a alguns dias tem mais!

Abraços a todos meus leitores invisíveis
aureliomasr

A Necessidade!

Hoje fiquei com vontade de escrever aqui no blog, mas não tenho algo específico pra postar como nos últimos dias... tenho um tema a abordar ainda, que é sobre o Dia do Rock , hoje, 13/07. Quero também falar de algumas bandas em especial - óbvio, falar do que eu gosto, e não do que é manjado. Acho que vou colocar algumas bandas bacanas de indicação aqui...

Abração a todos meus leitores invisíveis.
aureliomasr

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Soy.

Talvez eu não devesse postar isso por aqui, mas lá vai. Não quero palavras confortantes, nem ouvir dizer que isso é fase. Se estou meio pra baixo agora, eu tenho esperança e certeza de que eu hei de conquistar meus objetivos. Como dizem Os Barbixas num dos quadros deles: "E eu hei, eu hei, eu hei!!! E tragam-me uma picanha!"

Hoje à tarde, pelo MSN eu conversava com uma amiga minha quando tocamos no assunto idade. Ela, em alguns dias fará 29, e eu, ao fim do mês de agosto terei 27.

Faço das palavras dela, minhas: "Quase 30 e ainda não fiz nada da minha vida. Nada do que eu queria, ou que eu imaginava".

Eu na verdade nunca fiz planos nenhum na minha vida. Quando os fiz, a maioria abortei. Hoje opto por deixar a vida correr, sem planejar, sem desejar. Apenas viver, e fazer o bem hoje, pois amanhã virá nossa recompensa, boa ou ruim. Depois de tantos posts no decorrer de 2009, clamando por uma mudança de ares, eis que, cá estou eu, num ar totalmente diferente daquele ambiente empresarial, burocrático e desrespeitoso com a natureza humana que cresci e fui educado profissionalmente. Eis que hoje, e aqui estou eu, quase 24 horas na frente do meu computador cavando e descobrindo N possibilidades, e alguns dons a mais em mim. Cada descoberta, me alimenta a alma e o coração. Isso me alimenta o ego. 

Por isso eu insisto, não há em mim uma gota sequer de tristeza pelo momento vivido. Ah...vá lá, dinheiro trás felicidade, ou nos faz comprar coisas que nos deixam felizes. Mas a minha consciência, plena e racional, está cagando e andando. Durante a conversa - breve - com minha amiga, citei o fato de que agora, meus amigos e ex-colegas de serviço estão se estabilizando na vida profissional, comprando ou trocando de carro e eu, comprei uma bicicleta pra mim. Meus amigos estão começando mestrado, doutorado e sei lá mais o quê... Eu penso em fazer outra faculdade, de Comunicação, algo mais dinâmico, algo mais Marco Aurélio. Descobri que sou o avesso da massa, o avesso do normal, e, que por opção, talvez eu tome decisões erradas, que eu caia mais que os outros. E nesse tormento, de uns dias pra cá comecei novamente a ter distúrbios de sono, dormir mal, acordar de madrugada (2, 3 da manhã) achando que já era 7 da manhã...

Em outra breve conversa hoje mesmo, com um amigo meu, ele me disse que talvez daqui a umas duas semanas, eu, ele e um outro amigo nosso (dois irmãos que tenho aqui em Dores) poderemos fazer a viagem  pra São Tomé das Letras, que vínhamos planejando há alguns meses e que sempre era adiada por causa de um dos dois. Agora, o motivo sou eu. Eu não posso me dar a esse luxo (leia-se: despesa), e a cada dia que passa, aprendo mais e mais a fazer opções entre sim e não. E entre sim e não, não há meio termo. 

No entanto, ainda ontem, enquanto fazia minha leitura antes de dormir (excelente livro: As Crônicas de Nárnia), de estalo me lembrei de que quando eu era criança, acho que aos 12 anos, num Natal, ganhei de presente uma câmera fotográfica. Alguns anos depois, comprei outra "melhorzinha". Mais alguns anos se passaram, meu pai comprou uma filmadora... e que prejuízo eu dei a ele comprando fitas! Nunca fiz nenhum curta com essa filmadora, mas era meu brinquedo preferido. Nas férias, filmava todas as festas da família, quando mais velho, nos shows de meus amigos eu estava lá filmando, e quando eu estava tocando, pedia a meu primo para filmar minhas bandas... Ou seja, eu me joguei nesse mundo sem saber. Por acaso, em 2007, o Bruno me convidou pra fazer um curta-metragem. Eu topei. Deu certo. Me ofereci pra gravar um clipe da Left Behind, em julho do ano passado. Fizemos, deu certo. Em seguida me vi numa situação onde eu estava trabalhando com arte, com música, produzindo meu trabalho, fruto das minhas ideias, fruto de conversas produtivas com as bandas, com outros idealizadores. Fruto da minha entrega. E isso ainda não me paga um décimo do que eu recebia há um ano atrás. 

Mas eu tenho dez vezes mais satisfação em me preparar para um dia de filmagem, carregar as baterias da câmera, preparar o equipamento, limpar as lentes. Fazer o reconhecimento do local, planejamento de tomadas, conversar com os músicos. É uma realização que não é fácil, mas esse é meu caminho, e nele, eu não vou me perder.

E existe uma coisa, um pensamento meu que carrego como estimulante e fator motivacional, pois  "A Vontade de seguir um sonho, muitos têm. A Coragem de lutar e conquistar este sonho é o que eu estou vivendo." 

PS: O engraçado, é que eu queria desabafar, e quase desabafar, tanto que o título deste texto é "Soy", em alusão à música do Beck chamada "Loser", cujo refrão diz: "Soy un perdedor/I'm a loser baby/So why don't you kill me?". E acabou que terminei de escrever esse texto com uma disposição muito maior do que eu imaginava que teria hoje. Mas quer saber? O texto vai ficar assim mesmo, pois um dos meus maiores leitores sou eu, e esse vai me servir de lembrete quando eu pensar em deixar a peteca cair de novo!

PS2: De qualquer forma, segue o vídeo da música. Vale a pena conhecer! Beck é muito bom!!! (E isso pode ser um trocadilho... Ou não!!!)


Abraços a meus leitores invisíveis.
aureliomasr

segunda-feira, 5 de julho de 2010

I'll be there for you... Palavras sobre um vício chamado Friends

Muitas pessoas conhecem o seriado Friends, que terminou em 2004 depois de dez temporadas. Quando eu tinha TV a cabo em casa, na minha adolescência, me apaixonei por aquelas seis pessoas, que ao mesmo tempo que se parecem com cada um de nós são extremamente diferentes, com suas características pessoais elevadas quase ao exagero.



E, embora a contra-gosto (sempre preferi comprar DVDs e CDs originais, mas atualmente, meu orçamento não comporta), baixei as 10 temporadas e assisti um a um, cada episódio, me lembrando de muitos e descobrindo aqueles que nunca tinha assistido, especialmente das três últimas temporadas. E, a cada momento me identificava com uma faceta de cada um deles, por exemplo com Chandler, ao fugir de situações constrangedoras (ou criar uma) com uma piada inadequada, o senso de organização e padronização transmitido pela Monica, o sentimento hippie e desapegado a coisas materiais da Phoebe, a batalha de Joey até se estabilizar numa carreira muito incerta e que ele se dedica com afinco, a forma como Rachel constrói sua independência ou simplesmente as mudanças de humor de Ross e a forma como diversas vezes ele deixa de dizer o que deve ser dito por ser cabeça-dura. E, é com ele que eu mais me identifico, mas não só por ele, mas pela forma como ele e Rachel se relacionam.

Por Ross, eu me identifico pela falta de jeito com a abordagem a mulheres que venham a criar algum interesse (vide episódio onde ele "canta" uma entregadora de pizza contando histórias sobre o gases utilizados em diversos tipos de fogão, forno e pântanos), ou pela fama de casamenteiro e fã de divórcios dele (ao longo da série foram três divórcios)... eu, da minha parte nos últimos 8 anos estive em quatro relacionamentos sérios, uma média de duração de 2 anos em cada um. E, ainda assim como ele, muitas das vezes que conhecemos alguém acabamos nos envolvendo com a pessoa, não deixando que aquilo seja uma coisa ocasional. Às vezes rola um sentimento mais profundo, outras vezes, como eles dizem no seriado, "it's just a thing".

A questão Ross/Rachel me chama a atenção por um amor bonito mas sufocado, que nós, espectadores queremos que aconteça, mas sempre um dos dois comete um erro ou simplesmente desencontram. Afinal, eles estavam ou não dando um tempo? (Essa piada, só quem viu a série entende). É inevitável que eles não fiquem juntos em vários momentos da série, mas, o que eu mais me sinto atraído por esse relacionamento é uma frase recorrente pra mim: "Cada um tem sua Rachel." Cada um tem alguém que o fará feliz, que o fará sofrer, que seja de amor ou seja de ciúmes. Mas cada um tem alguém que na hora de partir poderá voltar atrás e decidir que ali é seu lugar e saber que eles nunca foram um assunto esquecido - como eles mesmos dizem um ao outro num dos últimos episódios da série. E, pra mim, esse é o bonito da relação entre eles... As constantes conquistas e separações, outras pessoas vêm e vão, mas ainda há aquele sentimento entre os dois, pois, apesar de tudo, é um sentimento puro.

Bom, agora que terminei de assistir Friends, vou esperar mais um tempo e assistir tudo de novo!

Mais informações sobre Friends: http://pt.wikipedia.org/wiki/Friends

abraços
aureliomasr

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Já faz quase um mês, mas...

Inspirado por um outro blog resolvi tentar dissertar sobre como foi passar o primeiro dia dos namorados sozinho.

Sozinho?

O fato é que eu não estava "efetivamente" sozinho, mas não passei o Dia dos Namorados como manda o roteiro de programas de casais. O que eu fiz no Dia dos Namorados de 2010 foi simplesmente escapar pra uma fazenda em Varginha, com a minha turma e vários conhecidos da região e passar o dia inteiro no Roça n Roll, com várias bandas de metal, muito golo e bagunça.

Não sobrou tempo pra lembrar que era dia dos namorados, mas sim sobrou tempo o suficiente pra sentir o quanto a vida é excelente nesses momentos onde nossas amarras estão soltas, mas que aos poucos tornam a se prender de novo. Sobre "esse" dia dos namorados eu não tenho muito o que dizer. Felizmente, já que não me preocupei com a ocasião, e sim em fazer o que eu quisesse, num lugar onde nada me remetesse à data ou aos anos anteriores.

No entanto, o "sozinho" significa que não estou mais tão sozinho pois é cada vez melhor estar com uma pessoa que tem muito em comum comigo e que brilha nos meus olhos em todos esses últimos dias que temos nos encontrado. As coisas mudam. Planos podem ser feitos e depois desfeitos.

Sentimentos renascem.

aureliomasr