sábado, 27 de novembro de 2010

Coisas Simples da Vida Moderna II - Nós Somos Mais Rápidos Que a Internet

(Ou "Com o Advento da Internet - O Retorno")

Há algum tempo abordei aqui no blog a questão dos Telegramas X SMS de Celulares. E hoje nós temos internet em casa, e através dela, dá pra se fazer muita coisa sem tirar a bunda da cadeira, por isso que nós blogueiros temos fama de (ou somos efetivamente) gordo e sedentário. Nem tanto. Eu tenho motivos de sobra pra dizer que não sou sedentário.

Fora que eu sempre escuto dos outros: "você não trabalha, fica o dia inteiro à toa no MSN". Antes eu respondia, hoje ignoro. Tenho contatos profissionais no MSN e isso me adianta muito a vida, ao invés de ter que ligar ou mandar email e esperar a resposta. Mas se hoje nós temos tudo pela internet, talvez não aqui em Dores. Ainda não posso pedir uma pizza por e-mail ou pelo site de uma pizzaria. Talvez se eu enviar um telegrama, chegue no fim do ano que vem.

Mas a ironia da velocidade da internet aconteceu um dia desses conversando por MSN com um de meus vários primos, talvez o que mora mais longe, ele me pediu pra eu enviar uma música via MSN. Enviei uma vez. Erro. Enviei outra vez, erro. Na terceira, deu pau no MSN. Como vimos que não teríamos condição de trocar o arquivo pela internet, salvei o arquivo num pen drive, calcei meu chinelo (com meias), peguei as chaves de casa e atravessei a rua pra entregá-lo o pen drive com a música. 

Mesmo se o envio tivesse dado certo, talvez no nosso caso essa seria mesmo a forma mais rápida de passar a música pra ele!

A internet deixa a gente mais preguiçoso... Desde que você não a use como ferramenta de trabalho.

abraços a todos,
aureliomasr

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Coisas Simples da Vida Moderna - Como Emburrercer A Juventude

Há alguns dias atrás, enquanto eu e uma amiga conversávamos com uma professora do conservatório, ela talvez na sua inocência de pessoa não muito ligada às coisas da internet que se fizeram simples como enviar um e-mail perguntou, em tom de comparação, se o volume de cartas enviadas pelos Correios diminuiu "com o advento da internet" (ela não usou essa expressão, mas dizer "o advento da internet" aumenta a profundidade do texto!).

É lógico que diminuiu. E muito. Então nosso assunto fluiu para os serviços prestados para os correios e ela contou um caso que recentemente ela "precisou" enviar um telegrama para alguém e se assustou com o preço. Segundo ela, R$ 8,90. Coincidentemente o celular dela tocou, ela recebera uma mensagem. Irônico, dissemos a ela que uma mensagem custa centavos e tem o mesmo efeito do telegrama, no entanto ela disse que estranhou quando chegou nos correios e o atendente a entregou uma folha para que ela redigisse o telegrama. "Posso escrever nela toda?". "Sim, o quanto quiser", respondeu o atendente. Depois de ter se assustado com o preço, ela comentou que quando ela estudava, ela tinha aula para aprender a escrever telegramas, pois até alguns anos atrás, os telegramas eram cobrados por letras. Então surgiu o famoso "Saudacoes pt", e diversas outras abreviações, para que o telegrama não ficasse tão caro. E hoje isso não existe mais, aparentemente.

E então "com o advento da Internet" diversos educadores vieram questionar que a mesma emburrece a juventude, uma vez que os jovens simplesmente entram no MSN p tc c seus melhores amgs. E esquecem da gramática e da ortografia em função de uma digitação mais rápida e assim o papo fluir mais rápido, mas tbm, elas n tem tanto tempo p perder c isso mais. Ngm tem tempo d digitar nem 1 palavra qse inteira. Td eh mto dif agora. Vc n sabe oq dizer qdo lê alguma coisa q n entende pq fez curso p escrever telegrama.

O que eu quero dizer é que havia uma linguagem (que eu desconheço) para mandar um telegrama. Hoje há uma linguagem para abreviar uma mensagem de celular ou de um comunicador instantâneo, o problema que eu vejo - e como fico muito tempo na internet - são erros de português terríveis. Pelo menos alguns navegadores de internet já têm corretor ortográfico, que destaca alguns erros de português, no entanto, nem todos levam em consideração como dói um erro de português. Tenho consciência que não acerto tudo, mas um mínimo para não assassinar a gramática sempre é bem vindo...  Abreviar palavras em chat não é crime, eu escrevo assim às vezes, e acho q qqr um deveria, então, pq n? O importante eh usar as ferramentas q a modernidd nos oferece.

Abraços a todos
aureliomasr

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Esperar, Expirar. Suspirar.

Com a palavra "melancólico" eu definiria o espaço de tempo entre o "esperar" e o "terminar a espera".

Com a palavra "alívio" eu consigo expirar todo o ar preso enquanto esperava.

E com dúvidas, termino por suspirar ao descobrir o quê fazia e o quê não fazia sentido.

Se a espera é tensa, o suspiro é de resignação. Se expiro o ar preso é por crer que não faltei em meu papel.

Hoje, suspiro por ter esperado e, e agora, o prazo está expirado.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O Som do Silêncio

Embora o título remeta diretamente à música The Sounds Of Silence de Simon & Garfunkel, pouco tem a ver com a música. Eu sou um aficcionado com música, posso passar horas conversando sobre o assunto e aprendi a conversar sobre sem ser chato ou extremista como já fui.

O som do silêncio a que eu me refiro é a prova das inúmeras pesquisas que constantemente são divulgadas, dizendo que som alto faz mal para a audição. Tudo bem que ouvir música num fone de ouvido comprado em camelô dentro de um ônibus urbano onde o ruído do motor é ensurdecedor nos obriga mesmo a aumentar o volume, se quisermos ouvir aquela seleção de músicas que sempre espanta o marasmo em horas marasmáticas.

O som do silêncio é você chegar em casa às três da manhã colocar algumas músicas especiais, assentar no chão e simplesmente ouvi-las. E assim dá pra ouvir a música por camadas, ouvir mais detalhes, arranjos de instrumentos que normalmente não realçam quando ouvimos por alto, ou simplesmente quando ouvimos som alto.

O som do silêncio simplesmente nos faz elevar uma música que já gostamos a outro patamar cada vez que descobrimos um elemento a mais nela.

Tecnicamente falando, a posição que você se colocar em relação às caixas de som, também influencia nos tipos de detalhes que irá escutar, então, dentro do silêncio há muitas formas de se escutar o mesmo som.

Faça o teste.

abraços
aureliomasr

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Enquanto a Febre Não Abaixar

Diz o ditado que de médico e louco todo mundo tem um pouco, e eu ouvi isso por alguns anos de uma acadêmica de medicina cuja única loucura pode ter sido o fato de ter-me namorado. Piadas à parte, a loucura prossegue nas cabeças do povão em geral, cada um com sua mania.

E eu como sempre acabo assustando alguém com a minha mania.

Eu odeio ter febre. Mas as minhas febres acho que são um pouco doidas. Elas começam nas costas, me arrebento de dor nas costas... aí vem subindo, esparramando, endurece meu pescoço e enfim, o meu alívio: um calafrio FDP. Então a febre diz: "Here I am baby"... E eu respondo a ela: "Here we go again...". So, honestly... o que rolou e que me fez escrever sobre isso? Pô! Dei febre ontem! Fui a São João del Rei, não tive aula, só eu e mais uma aluna da minha sala (um passarinho cantante por assim dizer) que marcamos presença. Por fim, ficamos foi fazendo social com os professores, batendo papo e conversando amenidades. Em uma das aulas eu comecei a me sentir mal, e momentos depois já estava com febre. Até chegar em casa foi um calvário quase. Sorte que já não estava mais chovendo e minha amiga ficou me fazendo companhia, já que eu estava sozinho lá.

Mas o que me faz entrar no assunto é a parte "médica" do "louco" que posso ser. Toda vez que tenho febre, tenho um ritual que faz baixá-la em 45 a 60 minutos. Quando chego em casa, tomo um banho muito quente, visto uma calça de moleton e uma blusa, tomo uma caneca de achocolatado tão quente quanto o banho, temperado com uma colher de mel e deito debaixo de quantas cobertas estiverem disponíveis. E o toque final: deixo rolando um CD do Pink Floyd. O mesmo que meu pai uma vez definiu como "CD desgraçado". As músicas são totalmente experimentais, sem estrutura nenhuma (com poucas exceções) e realmente chegam a dar medo. Ou seja, fico ainda mais tenso com a atmosfera no quarto escuro e sons estranhos permeando cada canto.

Então vem o suor. Derretendo, escorrendo, encharcando a cama... Mas a febre foi embora. Talvez por eu tê-la obrigado a fazer uma sauna caprichada ou por assustá-la com as músicas e meu (mau) humor quando dou febre.

Aqui tem o áudio de uma das músicas que escuto, só de curiosidade mesmo, para vocês terem noção do estilo. A quem se interessar, o CD é o Ummagumma (Studio Album).


Ah, e a febre de ontem. Já foi! E essa não voltou...

Abraços aos meus leitores invisíveis.
aureliomasr


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

As Faxinas De Casa

Por muito tempo, enquanto eu ainda era estudante do Ensino Médio meu terror era chegar em casa depois das aulas nas segundas-feiras. Era dia de faxina. Toda santa segunda-feira a casa ficava de pernas pro ar, aquele bendito aspirador de pó urrando casa afora e minha mãe me xingando por contrabandear poeira de um território sujo para aquele onde ela já havia feito sua cruzada contra os ácaros.

Depois de um tempo isso mudou para as quintas-feiras. A batalha semanal mudou, pois eu tinha Educação Física à tarde, então eu ficava o dia todo fora... Mas era chegar em casa suado, com a roupa suja depois de jogar bola que minha mãe mandava eu entrar descalço e só de cueca pra não trazer sujeira da rua pra casa limpa... E nem pensar de sentar na cama, só depois de tomar banho!

Atualmente a paranoia de limpeza diminuiu devido ao fato de que hoje minha mãe tem um emprego que a consome, e ela só limpa a casa nos finais de semana ou arruma meu quarto quando eu não estou em casa. Mas o melhor aconteceu uns dias atrás... Eu não tenho muita trava na língua e aqui em casa - exceto quando rola stress de família, a gente faz muita sacanagem de brincadeira um com o outro. As manias de limpeza e economia da minha mãe são tão esquisitas que resolvi tirar uma com a cara dela. 

Um trident deve durar uns três dias pra ela. Ela nunca masca um trident inteiro, divide ele em dois ou três pedaços... E deixa o restante em cima de um potinho na cozinha, com o papel do próprio trident. Um belo dia peguei o restante do trident, e troquei por um pedaço de borracha, que minuciosamente cortei com uma faca nas dimensões do trident e dividi em dois pedaços, como ela faz. Meu pai, ciente de tudo viu. E riu. Pena que eu não vi quando minha mãe pegou a borracha, colocou na boca e deu aquela dentada achando que era o trident. Mas sei que foi simpático... Principalmente por ela mascar chiclete quando está fazendo faxina. Teria sido minha vingança?

Em outra ocasião, a paranoia passou para roupa suja. Todo domingo de manhã escuto: "junta suas roupas sujas pra lavar", sendo que todas as sujas ficam no cesto de roupa suja... Não aguentei e respondi: "Já separei todas, mas aqui... tem umas camisas na minha gaveta que eu não uso há algum tempo, elas devem estar meio empoeiradas. Quer que coloca elas pra lavar também?". Acho que meu pai nunca riu tanto como nessa hora...

E minha mãe pediu as camisas empoeiradas pra lavar...

Mereço???

domingo, 7 de novembro de 2010

Aprendizagem, Critério e "Amadurescência"

Um parêntese em meio às minhas reflexões musicas.

Em Julho divulguei um trailer do próximo curta-metragem que estou editando, produzido por mim e pelo Bruno. E desde então não consegui mais tempo hábil para poder editá-lo. Seguindo uma sugestão do Philippe, estipulei que todas as sextas-feiras, à tarde vou me dedicar à edição do curta ABSINTO. Com isso, na última sexta, dia 05/11, re-comecei minha jornada e observei que, a jornada de filmagens que foi de Janeiro a Junho de 2010, a minha forma de trabalhar, de enquadrar de filmar mudou muito. Comparando o tipo de trabalho que tenho feito, com este que é mais artístico há uma diferença considerável, mas quando observo o tipo de movimentação na câmera e o trabalho em si, só posso concluir que - modestamente - melhorei muito!

Tanto a ponto de repensar as filmagens do Absinto, coisa que não farei por n motivos (tempo, logística, disponibilidade do pessoal e enfim).

Mas certamente, 2010 não se encerra sem que Absinto seja assistido e postado na internet para visualização do público em geral

Pra relembrar, o trailer está aí embaixo.


Um abraço a todos os leitores invisíveis, e tenham uma boa semana!
aureliomasr

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Músicas Para a Vida

Inspirado neste post do Blog do Rodrigo, vou deixar meu testemunho sobre como a música entrou na minha vida e também sobre o meu desenvolvimento com relação a isso.

Meus pais se casaram em Maio de 1981, e em Setembro do mesmo ano aconteceu em Nova Iorque um baita show do Simon & Garfunkel, imortalizado em bolachão duplo à época, e que se eu não me engano passou em algum canal de TV no Brasil dentro da programação de fim de ano. Reveillon '1982... Tem tempo isso!

Mas e daí se eu nasci em 1983?

Cicciolina. Pagando peitinho,
como de costume.
Pulando então para quando eu tenho memórias, que é lá nos meus três anos de idade e quando fazia arte ficava de castigo numa cadeira azul escura de plástico. E enquanto eu ficava sentado de castigo, minha mãe (as usual) fazia faxina em casa ouvindo música. Hoje eu não sei dizer exatamente quais músicas ela ouvia, mas existem memórias muito claras surgem pra mim: eu cantando "Melô do Marinheiro" do Paralamas do Sucesso, eu atazanando meu Tio Fernando pra me gravar uma fita com as músicas do Lobão, quando o Lobão apareceu no jornal por ter sido preso com drogas num aeroporto aí. E duas coisas mais marcantes ainda: o vinil duplo do show do Simon & Garfunkel, onde eu parava por horas olhando aquele mar de gente que assistiu ao show no Central Park e as revistas Ele & Ela que meu pai assinava, onde a musa da época era a Cicciolina (quem se lembra dela por aqui?). Mas o que revista de mulher pelada tem a ver com meu gosto musical? 

É só um parêntese - até porquê em 2008 comentei isso aqui. Acontece que minha mãe ouvia demais o álbum The Wall, do Pink Floyd, e na música mais famosa (Another Brick In The Wall Part 2) quando era cantado "We don't need no..." eu entendia "Cicciolina". E cantava desse jeito mesmo. Acho que com três anos de idade eu já começava a vida de "sexo, drogas e rock n roll". 

Retomando... Passado um tempo, quando nos mudamos para o Estado de São Paulo - eu com 5 anos de idade - comecei a tomar mais gosto por música. Tinha discos da Xuxa, da Angélica (todas as duas, minhas ex-namoradas de então, como você pode ver clicando aqui) e discos do Jaspion. Um belo dia meu pai comprou um fone de ouvido gigante pra eu ouvir essas músicas sem incomodar aos adultos. No outro ele me chamou e disse: "Você tem que escutar isso aqui." E colocou uma bolacha do Creedence. Lógico, que com 7 anos de idade aquilo era terrível! Mas comecei a ouvir mais rádio e pra minha sorte, na esquina da minha casa abriu uma loja de discos. Tenho a imagem clara de vários vinis expostos na vitrine: os dois Use Your Illusion do Guns n Roses, O Papa é Pop, dos Engenheiros do Hawai, Serious Hits LIVE! do Phil Collins e uma coletânea do Louis Armstrong (que na época estava em alta por causa de What a Wonderful World). Nessa época também, meus pais iam (e eu junto) à casa de um companheiro de serviço do meu pai se reunir pra jogar baralho e jogar conversa fora. À medida que ficava mais tarde, eu ia ficando com sono e querendo dormir. Acabava dormia no sofá da sala da casa do indivíduo mesmo. Um dia ele perguntou se eu não queria ouvir música e me mostrou sua coleção de discos. Olhei todos e escolhi um: "Põe esse do coelhinho na capa!" - Se você associou o disco ao coelhinho da Playboy, errou. Não sou tão pervertido assim. Nada mais era que aquela coletânea do Jive Bunny, que tem vários rocks da década de 50 e 60. E eu ficava ali, sozinho, ouvindo aquele disco. E todas as vezes que íamos lá, quando eu queria ir embora, pedia pra colocar o disco! Depois disso, passei a dormir no chão, com a cabeça na caixa de som.

Então, veio a primeira fase de gostar de uma "banda". A primeira "banda" que gostei foi do New Kids On The Block (espécie de Backstreet Boys do início da década de 90), e que fazia um baita sucesso com "Step By Step" (fora a paródia: "Dez pasteis, um quiiibe..." que todo mundo cantava). Mas durou pouco. Depois comecei a ouvir o tecnopop do A-ha (e que escuto até hoje). Tenho a discografia deles em bolacha também. E em 1991, quando rolou o segundo Rock In Rio, meu pai voltou de um curso que estava fazendo em outra cidade e me deu um disco que tinha uma música de alguns dos artistas. Tinha A-ha, New Kids On The Block, mas também Information Society, Megadeth, Joe Cocker... E naquele ano decidi que o rock era minha praia. Pedi de Natal ao meu padrinho "um disco do Guns n Roses". Ganhei o Apettite For Destruction" e ficava olhando a capa do disco, aquela mulher seminua, ensaguentada, uma máquina com facas ao invés de dentes, e na contracapa, aqueles indivíduos com cara de mau. Bem diferente do new Kids e do A-ha. Ouvi o disco e ferrei no sono. Mas gostei.

Então veio um período da minha infância onde não dei muita bola pra música. Mas com minha mesada comprei o The Wall do Pink Floyd, pois, se meus pais tinham um disco duplo, eu também queria um. Já tinha meus discos do A-ha e do New Kids, mas eu queria uma coisa mais forte.

Comprei o disco. E não gostei. É isso mesmo: eu já não gostei de Pink Floyd!

Mas o tempo passou (meses, ou quase um ano), e um dia resolvi ouvir de novo. E de novo. E de novo. Então, vou pular a parte da história em que o Pink Floyd entrou na minha vida e ser prático. Apesar de eu ter gostado do disco do PF, ainda não tinha maturidade praquele nível de som. Então fui jogar bola na rua ou jogar vídeo game.

Depois de um tempo, já na adolescência, quando me mudei pra Guaratinguetá eu tinha dois CDs, um do Pink Floyd e Dookie, do Green Day. Então conheci o Carlos. Com ele vieram Cds do Nirvana, do Silverchair, outros sons e eu fui entrando naquilo cada vez mais. Foi então que eu tive uma outra fase "estranha". Comecei a ouvir Limp Bizkit, Korn e nu-metal. Mas passou. E fui descobrindo com o Carlos vários sons. Três bandas que descobri naquela época foram o Oasis, Radiohead e The Verve. O álbum inteiro (What's The Story) Morning Glory do Oasis e a música Bittersweet Symphony do Verve quando escuto me levam de volta à sacada do meu quarto no apartamento em Guaratinguetá. Radiohead foi um achado com os clipes de Karma Police e No Surprises. A partir daí fui me ligando mais e mais em rock, inclusive com influência da garota que eu namorava na época e que era fã de The Doors. Banda que eu achei uma bosta até o dia que eu sentei com uns amigos vendo um show deles, em VHS, tomando cerveja e comendo pingo de ouro. 

Como dia o ditado... "Daí, um abraço". Depois do Doors vieram Led, Black Sabbath, Deep Purple, os clássicos, manjados... e hoje em dia, com minhas pernas pesquiso e descubro bandas clássicas ou novas e que dificilmente não me agradam.

Ah, e  hoje, em 2010, quase 30 anos depois, sabe o vinil do Simon & Garfunkel? Ainda está aqui, entre os meus, entre os favoritos, e também em CD e DVD! Olha aí:

                                                    



Gostar de música, gostar de uma banda é quase como ter uma namorada. Pelo menos pra mim. Quando eu gosto de uma banda, quero saber tudo, ter todos os CDs, comprar os DVDs, se tiver oportunidade de ir a um show, vou e aproveite o momento, pois não se sabe se aquela banda vai acabar (ou o namoro), e cada música é um momento vivido e compartilhado na sua vida com você mesmo... Sorte de quem estiver dividindo aquele momento com você.

Since I've Been Loving You.

abraços aos meus leitores invisíveis.
Marco Aurélio