terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Superstições.

Todo mundo já sabe e não preciso lembrar que 2010 está se acabando. E, em 2010 como todo mundo sabe foi o ano de mais uma decepção pro povo brasileiro em mais uma Copa do Mundo. E esta serviu pra eu confirmar minhas doideras com relação a manter uma "corrente" durante os jogos do Brasil, que assim tudo dá certo pra seleção canarinho.

Na Copa do Mundo de 2010 foi a quarta copa que eu pude confirmar essas manias, superstição ou simplesmente viagem minha mesmo. Então, vou colocar aqui, Copa por Copa, desde 98.

Copa do Mundo de 98
Eu assistia aos jogos pela Globo, e como de costume, a transmissão dos jogos começava meia hora antes, exibindo um programa especial sobre a seleção brasileira e a seleção adversária. E todos os jogos eu assisti sozinho. Na final, meu pai estava em casa e não liberou a TV pra mim, e assim eu não pude assistir ao programa especial antes do jogo. Resultado? O Brasil perdeu.

Copa do Mundo de 2002
Era a Copa da madrugada... foi realizada na Coréia do Sul e no Japão. E devido aos jogos acontecerem em horários atravessados, nos três primeiros jogos eu não acordei a tempo de ver o jogo desde o começo, perdendo sempre o pontapé inicial. A partir daí então, não assisti ao pontapé inicial em nenhum dos jogos, inclusive na final. Assisti a final na casa de um amigo meu, cheguei no meio do pessoal aos 15 minutos do primeiro tempo e td mundo me olhando com aquela cara "Pô! Você tá perdendo o jogo cara!". Expliquei minha mandinga, eles riram, nós bebemos... Resultado? Brasil Campeão!

Copa do Mundo de 2006
Foi a primeira Copa que assisti aqui em Dores de Campos. Galera reunia-se num bar vendo os jogos, e foi aí que fiz amizade com o Gandhy, um desmiolado daqui da cidade. Assistimos todos os jogos juntos, no entanto, durante a Copa ele arrumou um emprego em Florianópolis e se mandou pra lá. O primeiro jogo do Brasil que o Gandhy não tava lá gritando "Eu tô na tua frente aeee??" e eu enchendo o saco dele, o Brasil foi eliminado.

Copa do Mundo de 2010
Com exceção do primeiro jogo, os demais assisti num bar sempre com a mesma galera. E estranhamente, no segundo jogo, durante o carnaval que o povo estava fazendo comemorando a vitória fiquei com uma mulher, que também é da mesma turma que eu ando. E isso foi se repetindo ao longo dos jogos. Todos assistíamos os jogos, depois que o Brasil ganhava, virava festa e a gente ficava. Adivinhem o que aconteceu no jogo que o Brasil perdeu? Ela e umas outras duas amigas não foram assistir ao jogo no mesmo bar, e não ficamos nesse dia. Mas de todo não foi ruim, pois acabamos namorando por alguns meses depois da Copa. Editado: E agora em Janeiro/2011 nós voltamos a namorar!

Agora meus leitores invisíveis, eu pergunto. Que tipo de superstição é essa? 

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Comerciantes Burros Não Precisam de Clientes

Vou abrir um parêntese aqui hoje e escrever sobre duas situações que presenciei nos últimos 15 dias. Comerciantes burros e que não valorizam clientes. Isso quando todas as empresas batem no peito dizendo que seus clientes são seu maior patrimônio, e valorizam os mesmos como tal. Não é isso que eu tenho visto ultimamente.

O primeiro caso aconteceu há alguns dias quando num evento um amigo meu foi agredido por um atendente de caixa, pois este dizia que não poderia dar-lhe o troco em dinheiro, somente em fichas e vale de R$ 1,00, enquanto meu amigo argumentou dizendo que não queria ficha e sim dinheiro, levou um soco na boca e 5 pontos de presente.

Quando um ser humano qualquer se sujeita (no caso desse imbecil, ele se sujeitou mesmo, pois não deveria ter outra coisa menos pior pra fazer naquele dia) a trabalhar numa balada, sábado à noite, lidando com todo tipo de gente possível, desde caretas, doidões e cachaceiros chatos tem que saber segurar a onda e contar até mil antes de agredir ou mesmo agir com grosseria com quem está do outro lado da grade.

O segundo caso aconteceu ontem comigo e com o Philippe. Estávamos de manhã no clube que frequentamos, batendo papo e curando a ressaca com uma cervejinha matinal. À medida que o horário de almoço se aproximava tivemos a ideia de ir almoçar num restaurante daqui de Dores, que fica próximo à entrada da cidade. Saímos do clube e chegamos lá. Considerando que ontem era domingo e chegamos no restaurante pouco depois das 13h, estranhamos que o lugar estava vazio.

Perguntei ao atendente se ainda tinha almoço. Muito educadamente [Ironia MODE: ON] ele me respondeu que não, só tinha marmitex. Eu então disse a ele que eu e o Philippe estávamos idealizando almoçar lá ontem, que ele poderia colocar o conteúdo do marmitex num prato que não teria problema. Resposta do rapaz: "Não vai dar, vou lavar aqui, vocês podem pegar a comida e levar pra casa". Viramos e viemos embora, cada qual almoçando na sua casa.

O estranho é que nós nunca fomos lá comer, e um comerciante com um cliente novo deveria no mínimo tratá-lo com educação e atenção. E servir o que é pedido. Da forma como fomos atendidos, eu que nunca comi lá, não faço a mínima questão de comer lá em qualquer outra ocasião. Se fôssemos clientes frequentes, até compreenderia a necessidade de limpar o lugar, de não poder nos atender, mas cliente novo não é mais um cliente, e sim um cliente a mais. Ou, se fôssemos turistas passando ali por acaso numa Hilux, seríamos melhor atendidos? O problema maior em Dores de Campos, algumas vezes, é que apenas o que vem de fora presta, é melhor e as coisas e pessoas daqui mesmo ficam em segundo plano. Eu mesmo sou obrigado a trabalhar com fornecedores de outras cidades, pois o atendimento em algumas empresas - que estão de certa forma ligadas às necessidades da minha empresa -, e por não ter concorrentes é péssimo. Ninguém sabe de nada, ninguém resolve nada, quando têm alguma informação, ou vem pela metade ou esperamos dias pra ter um retorno... Eu sou daqui, trabalho aqui, e a maior parte da minha renda parte daqui, e infelizmente preciso recorrer a outras cidades para ter atendimento de qualidade e atenção devida. Mesmo que isso me custe um pouco mais caro.

E como aprendi em cursos de técnicas de atendimento a clientes, uma coisa é verdade: "Um cliente satisfeito fala bem de seu serviço para outra pessoa, que poderá ser seu cliente em algum tempo. Um cliente insatisfeito vai queimar seu filme com dez pessoas."

Eu fiz minha parte. E pra quem é de Dores e quiser saber qual é o restaurante onde fomos tão bem atendidos, é só descer o morro da prefeitura e virar à direita, ok?

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Balanço das Mudanças e de 2010.

Há quase um ano eu publicava neste mesmo blog o post "Mudanças, Mudanças" onde eu dizia um pouco do que havia acontecido na minha vida. Havia saído do meu emprego de "7h às 17h", não teria mais meu salário todo dia 5 do mês na conta, estava caminhando para minha formatura na faculdade e disposto a encarar um novo desafio na minha vida. Trabalhar por conta própria e também com meu pai.

Fato é que não trabalhei com meu pai. Tive a intenção, mas à medida que eu fui descobrindo e trabalhando cada vez mais nos meus objetivos pessoais, segui carreira solo. Em Julho de 2009 fiz o vídeo da Left Behind, meu primeiro trabalho no ramo. Em novembro, o vídeo da Soulseek. Ambas são bandas de amigos meus. E ao ver que uma brincadeira tão prazerosa de se fazer poderia se converter em algo rentável e que eu (supostamente) não dependeria de mais ninguém além de mim. 

No decorrer de 2010 várias coisas aconteceram, boas e ruins, amizades vieram, amores se foram e eu permaneci crescendo, aprendendo e vivendo. E hoje vejo que a decisão tomada há um ano atrás foi a decisão mais acertada que pude tomar. Em termos de qualidade de vida, expectativa de crescimento, tanto que já tracei minhas metas para 2011 e já estou começando a planejar 2012 - onde e como investir, quais rumos tomar. Financeiramente, agora começo a ter retorno sobre meus investimentos e as coisas parecem querer melhor à medida que o tempo passa, que as pessoas começam a ver seu trabalho e reconhecer você como um profissional de qualidade, e acima de tudo, que exerce seu papel com prazer - afinal, dizer "com licença", "boa noite, tudo bem?" e "muito obrigado" não custa nada, ainda mais quando o fazemos durante o trabalho e com um sorriso no rosto, ao invés de somente cumprir nossa obrigação.Trabalhar por conta própria me ensinou a lidar mais ainda com as pessoas. A ser mais aberto e disponível do que eu naturalmente sou. E isso me dá uma satisfação muito grande.

Ontem após a aula no Conservatório, enquanto conversava com uma passarinha cantante, ela me disse: "quanta coisa aconteceu esse ano hein?", sobre coisas que passamos juntos, e concluí dizendo a ela que 2010 foi pra mim o melhor ano até hoje, pois cresci, aprendi e chego ao fim dele mais vivo do que nunca.

Obrigado de coração a todos que esbarraram em mim numa parte desse ano, me acompanharam durante toda a jornada, viveram algum tempo ao meu lado e que acima de tudo, torceram por mim, mesmo que no silêncio de um arranha-céu distante.

Pra eu não perder o hábito, segue abaixo o vídeo da música que me inspirou a fazer este post hoje, música do Oasis, um B-Side chamado "Listen Up". O vídeo está legendado em português.


Abraços.
aureliomasr