Vou tentar fazer um resumo do mês de outubro, que vai se encerrando.
Música: redescobri Stereophonics, que tem servido de mola mestra e elo de ligação em determinado momento da minha vida... Também tive a oportunidade de ir no show do Pouca Vogal (a menor banda de rock do Brasil), fui com dois amigos e minha namorada. Excetuando os shows internacionais que já fui, e desconsiderando a desorganização e falta de espaço do local onde foi o show, foi um dos melhores shows nacionais que já fui. Perde somente para o último do Engenheiros que fui, em 2007 e para os dois do Los Hermanos que também assisti (especialmente o do ano passado, abrindo para o Radiohead).
Vida normal: às vezes me incomoda fazer as mesmas coisas todos os finais de semana... Sextas-feiras no mesmo bar, sábado alguma baladinha meia-boca e domingo à tarde na pracinha. Tudo bem, eu gosto, mas é bom fazer algo diferente se possível. Se não for, invente!
Estudo: ando meio desanimado com o conservatório, não sei se pelo instrumento ou por estar me tornando um workaholic e chegar em São João pensando: "Eu aqui e meu serviço parado em casa." Vamos ver, talvez agora no final do ano eu consiga mudar de instrumento e ir para o contrabaixo...
Trabalho: semana de prova de fogo. Vou cobrir uma festa de 15 anos, primeiro evento do tipo que faço. Dá um frio na barriga, mas tenho capacidade de fazer bem feito. Melhor que muitos por aí.
Sentiram falta do tópico relacionado a namoro, relacionamento e enfim?
Pois é. Nada mais comento aqui sobre isso. Para me resguardar, e a pessoa com quem eu estou.
Que venha novembro...
Abraços a todos!
aureliomasr
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
sábado, 23 de outubro de 2010
Dm - ou Ré Menor
É incrível o que uma simples nota no violão pode reavivar. Coisa que eu raramente faço é tocar "Another Brick In The Wall (Part 2)" do Pink Floyd no violão sendo que ela tem entre suas notas, o Dm. Sucedeu que enquanto eu brincava com o Dm lembrei de uma música lá de 2001, uma das inúmeras que escrevi com o Carlos. Talvez fosse nossa "In-A-Gadda-Da-Vida", ou nossa "Echoes".
É "A Luta da Honra Contra o Tempo". Só com voz, violão e baixo, ela tinha lá seus 12 minutos. Uma música que nunca sentiu uma distorção ou uma virada de bateria, como várias que compusemos naquele tempo permanecem imaculadas. Eu tenho um carinho especial com essa música, primeiro por ter "roubado" a letra do Carlos e alterado um pouco. Ainda tenho os rascunhos em alguma pasta aqui... Os versos que diziam "Por quê esperar se você não chega" eu mudei para "Por quê esperar se tudo não chega?". O que era basicamente uma argumentação com uma pitada de amor e perda virou um questionamento global sobre as pessoas e suas atitudes em geral. A Luta da Honra Contra o Tempo é algo que fazemos todos os dias. É decidir quando devemos abrir mão de certos valores que temos enraizados em nossas almas em favor de oportunidades únicas, de escolhas que não poderão ser feitas em outra oportunidade. Talvez não nessa vida. E talvez nessa vida todas as linhas do planeta, todos os limites impostos a nós, cidadãos do mundo, por governos, por dogmas, por conceitos estereotipados sejam realmente as regras que coordenam nossa vida e nos afastam de lutar por aquilo que realmente desejamos. Seja uma mudança de vida ou um amor escondido. Talvez numa outra ocasião essa utopia seja real.
O refrão talvez transmita uma mensagem já batida entre tantas palavras já ditas e transmitidas por aí, mas, liricamente e melodicamente, a forma como eu e o Carlos as colocamos ate hoje me dá medo e causa arrepios.
"Quando vamos entender que esperar não faz crescer? / Só faz envelhecer." E pra mim o melhor dessa música é justamente algo que remete ao post anterior, sobre meu tipo preferido de música, que começa melancólica, mas traz em si uma esperança, um crescendo que aquece nossos corações. E ela termina bruscamente.
Assim como nós esperamos que seja nossa passagem. Assim como quando atingimos o nirvana espiritual. Em certos momentos, como esse, gosto de usar a palavra redenção. E talvez seja essa a mensagem que A Luta da Honra Contra o Tempo tem pra nos ensinar.
E sim, essa é a mensagem que eu quero dividir com vocês. A vida é curta demais pra ser vivida dentro de limites que não fazem bem à nossa alma. Não adianta aplicar jargões como "qualidade de vida" ou "administração de tempo" quando não temos tempo para pensar em tomar as decisões que realmente gostaríamos de tomar para mudar nossa vida, e em consequência, uma milionésima fração do mundo.
Um abraço a todos.
aureliomasr
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Musicalmente falando: Stereophonics
Eu sempre digo que curto um som depressivo, mas recentemente descobri que esse não é o termo correto. Gosto de músicas que têm melodia e letras melancólicas, mas que possuem um crescendo e que ao final deixam aquela pontinha de esperança e satisfação. Curiosamente, tenho escutado muito Stereophonics recentemente e muitos do que tenho escutado e lido em suas letras tem se apresentado pra mim com um um valor muito alto no fator emocional.
Músicas que valem a pena ser pesquisadas do Stereophonics e que sintetizam bem o que tem mexido comigo são sons como "Stone", "Drowning", "Handbags and Gladrags", "Feel", "Superman" e um pouco da óbvia "Mr. Writer. Lógico que o Stereophonics tem mais músicas, talvez até melhores (ainda não ouvi o último álbum deles, de 2009), mas estas têm um significado e um peso especial pra mim...
Eu deveria demais parar de basear minha vida nas músicas que escuto, ou então ouvir coisas que me alienassem e fizessem com que eu ignorasse tudo que sucede à minha volta, mas não consigo. E, os motivos específicos de cada música, não explicarei, embora gostaria muito. Talvez alguém entenda, talvez exista algo nas entrelinhas.
Transcrevo abaixo, trechos de cada uma que têm me feito refletir sobre mim mesmo, sobre diversas situações opostas que tenho vivenciado...
Stone:
"And I feel like stone / Yes I feel ice cold / I pick myself up from the ground / Sick to death of lying down / And now I have to find you once again.
You’re in my soul / You’re in mind / But I don’t know where you are now / You’re in my soul / You’re in mind / But I don’t know where you are now."
Mr. Writer:
"Are you so lonely / you don't even know me / but you'd like to stone me"
"And then you go home / with you on your own / what do you really know"
Feel:
"Here it comes again / Like the first time again / I cant sleep / I watch the rain / But im happy again / How can this be / Why did this feeling / Creep on up on me"
"It makes you a cheat / It makes you a liar / Step out of the fire / It gives a spring in the step / Smile on the face / Sing like a bird / Ya running the race again / What makes you bad / Makes you feel much better / Than you ever can"
...principalmente pela oposição de sentimentos que estes versos trazem à tona...
Drowning (na íntegra):
I don't know what, i don't know what is wrong, oh no,
is Karma gonna get me,
times i told i see, its not real,
wanna feel, wanna feel,
like i did before,
Mornings I can't breathe
Wind crashes over me, drowns me
minds running rings around me
it take me time to see, what is real,
wanna feel, wanna feel, like i did before, like i did
before,
time, changes things,
like i never thought,
like i never saw,
time changes me,
like i never was,
oh no,
I'm thinking back to what i was,
I see my face wrapped on the floor,
And I love you being around, i say it again i'm not
fucking around,
i seen it before, i'll see it again,
its knocking my door, and i never pretend,
i'm down on my knees and i don't know why,
to go to find my way back home,
I'm drowning x 4
Aviso aos desavisados e mal-intencionados de plantão: NÃO, isso não tem nada a ver com meu passado recente. E sim com meu presente cada vez mais frequente!
São músicas que valem a audição, reflexão e mais ainda a interpretação do vocalista (que me fugiu o nome e estou com preguiça de pesquisar agora), com sua voz meio rouca, meio fina e muito alta! Mês que vem tem show deles no Brasil, e uma pena, não poderei ir, mas seria uma boa...
Talvez meu sumiço do blog seja devido à this mess I'm in, e pelo fato de eu não estar disposto a me expor mais tanto e ser chamado de nomes como desalmado e por aí vai. Fora também que nem tempo tenho tido pra mim, o que por um lado é excelente!
Abraços a todos meus leitores invisíveis.
aureliomasr
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Mês Estranho...
Esse mês anda estranho...estou com muitas dúvidas, com pouca inspiração pra escrever. Motivos pra escrever até que não me faltam, mas faltam metáforas para poder publicá-las.
O principal é: onde eu vou chegar no meio de tudo que ando fazendo? Não é nada profissional. É pessoal mesmo.
Talvez as diferenças pesem. Talvez as decisões mudem. Talvez eu não saiba de nada.
Espero sair ileso desse turbilhão, e que eu não machuque ninguém.
aureliomasr
O principal é: onde eu vou chegar no meio de tudo que ando fazendo? Não é nada profissional. É pessoal mesmo.
Talvez as diferenças pesem. Talvez as decisões mudem. Talvez eu não saiba de nada.
Espero sair ileso desse turbilhão, e que eu não machuque ninguém.
aureliomasr
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Dos nossos amigos
Pra quem tem orkut, facebook ou qualquer outra rede social, cada vez mais temos mais "amigos", "seguidores" ou fãs. Eu do meu lado tenho um tanto bom, é verdade. E verdade também que muitos eu não conheço. Mas dos amigos que vou falar são aqueles de carne e osso.
Óbvio que não vou citar todos, e nem falar de todos, até porque não dá... já pensei em anotar antes de escrever o que vocês irão ler agora, mas a ideia é tão constante que não consegui segurar por muito tempo. Primeiro, a gente não pode medir amigos, sempre uns mais próximos, mais agarrados e uns que são excelentes amigos. Os primeiros pra mim, são os irmãos que não tenho e são poucos. Mas o que mais me intriga é que cada um dos amigos deixa uma marca sem saber e é o que eu mais presto atenção...
Simples. Eu me chamo Marco Aurélio. Alguns amigos me chamam pelo nome. Outros de Curélio - o Dé é um ótimo exemplo! -, alguns de Corelho, o Guto e o Samuel Doido de Zuréio... do outro lado, o Jeffé quando me encontra diz "E aí Marcos", já o Lucas diz "Fala Marco". Philippe tbm, dificilmente me chama pelo nome completo.. "Ô Marco". Deleon e Edmilson dizem "Fala Marcão". São alguns exemplos... E eu do meu lado tbm tenho uns bons exemplo... Cada um eu tenho um apelido específico que creio ser a forma de marcar a relação com aquele amigo... Vamos pela lista... O Dé eu cumprimento de "Faaala Japoneis", Silas é "Fala Silordi"... o Lucas eu chamo de Luquinha... e tem os inseparáveis Saulim e Junim, sendo que o Saulo virou "Minha Nega"! E sem contar o Ivan que desde o carnaval e o "tanga, tanga, tanga" do Mario Bros, a gente se cumprimenta "E aí Tanga, blz?"...hehehe
Não dá pra lembrar de todo mundo, óbvio... mas me lembro a situação que me chamou atenção pra forma como comecei a prestar a atenção nisso. Infelizmente, foi num momento muito ruim pra muitos desses amigos, pois foi quando perdemos um grande amigo, companheiro de muitas horas, músicas e festas. O Fred. Esse ano serão três anos da morte (trágica) dele. Eu me lembro de estar no cortejo, chegando no cemitério, abraçado ao Saulo e eu dizia "Acabou cara... acabou o Fredinho" e isso veio à minha mente pois era a forma como nós brincávamos, eu, ele, Juninho e Saulo. Era uma ênfase diferente quando um chamava o outro, "Marquinho", "Saulinho", "Juninho"e "Fredinho"...e ali eu percebi uma das formas que a gente marca sem saber. Amigos, irmãos, nunca se separam, nunca acabam. Mesmo que um grande amigo não saiba do seu maior segredo, que você não desabafe pra ele e nem ele pra você, é sempre um amigo que vai te estender a mão.
Em 2010, eu conheci muita gente até então. Mtos amigos, mtas amigas. Revivi algumas amizades antigas. E colegas ou não, amigos ou irmãos sempre haverá alguém ali por você e eu acredito nisso.
Em 2010, se não fossem meus amigos e as pessoas que conheci na natureza selvagem, eu talvez não estivesse tão bem quanto estou hoje.
abraços a todos,
aureliomasr
Óbvio que não vou citar todos, e nem falar de todos, até porque não dá... já pensei em anotar antes de escrever o que vocês irão ler agora, mas a ideia é tão constante que não consegui segurar por muito tempo. Primeiro, a gente não pode medir amigos, sempre uns mais próximos, mais agarrados e uns que são excelentes amigos. Os primeiros pra mim, são os irmãos que não tenho e são poucos. Mas o que mais me intriga é que cada um dos amigos deixa uma marca sem saber e é o que eu mais presto atenção...
Simples. Eu me chamo Marco Aurélio. Alguns amigos me chamam pelo nome. Outros de Curélio - o Dé é um ótimo exemplo! -, alguns de Corelho, o Guto e o Samuel Doido de Zuréio... do outro lado, o Jeffé quando me encontra diz "E aí Marcos", já o Lucas diz "Fala Marco". Philippe tbm, dificilmente me chama pelo nome completo.. "Ô Marco". Deleon e Edmilson dizem "Fala Marcão". São alguns exemplos... E eu do meu lado tbm tenho uns bons exemplo... Cada um eu tenho um apelido específico que creio ser a forma de marcar a relação com aquele amigo... Vamos pela lista... O Dé eu cumprimento de "Faaala Japoneis", Silas é "Fala Silordi"... o Lucas eu chamo de Luquinha... e tem os inseparáveis Saulim e Junim, sendo que o Saulo virou "Minha Nega"! E sem contar o Ivan que desde o carnaval e o "tanga, tanga, tanga" do Mario Bros, a gente se cumprimenta "E aí Tanga, blz?"...hehehe
Não dá pra lembrar de todo mundo, óbvio... mas me lembro a situação que me chamou atenção pra forma como comecei a prestar a atenção nisso. Infelizmente, foi num momento muito ruim pra muitos desses amigos, pois foi quando perdemos um grande amigo, companheiro de muitas horas, músicas e festas. O Fred. Esse ano serão três anos da morte (trágica) dele. Eu me lembro de estar no cortejo, chegando no cemitério, abraçado ao Saulo e eu dizia "Acabou cara... acabou o Fredinho" e isso veio à minha mente pois era a forma como nós brincávamos, eu, ele, Juninho e Saulo. Era uma ênfase diferente quando um chamava o outro, "Marquinho", "Saulinho", "Juninho"e "Fredinho"...e ali eu percebi uma das formas que a gente marca sem saber. Amigos, irmãos, nunca se separam, nunca acabam. Mesmo que um grande amigo não saiba do seu maior segredo, que você não desabafe pra ele e nem ele pra você, é sempre um amigo que vai te estender a mão.
Em 2010, eu conheci muita gente até então. Mtos amigos, mtas amigas. Revivi algumas amizades antigas. E colegas ou não, amigos ou irmãos sempre haverá alguém ali por você e eu acredito nisso.
Em 2010, se não fossem meus amigos e as pessoas que conheci na natureza selvagem, eu talvez não estivesse tão bem quanto estou hoje.
abraços a todos,
aureliomasr
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