quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Enquanto a Febre Não Abaixar

Diz o ditado que de médico e louco todo mundo tem um pouco, e eu ouvi isso por alguns anos de uma acadêmica de medicina cuja única loucura pode ter sido o fato de ter-me namorado. Piadas à parte, a loucura prossegue nas cabeças do povão em geral, cada um com sua mania.

E eu como sempre acabo assustando alguém com a minha mania.

Eu odeio ter febre. Mas as minhas febres acho que são um pouco doidas. Elas começam nas costas, me arrebento de dor nas costas... aí vem subindo, esparramando, endurece meu pescoço e enfim, o meu alívio: um calafrio FDP. Então a febre diz: "Here I am baby"... E eu respondo a ela: "Here we go again...". So, honestly... o que rolou e que me fez escrever sobre isso? Pô! Dei febre ontem! Fui a São João del Rei, não tive aula, só eu e mais uma aluna da minha sala (um passarinho cantante por assim dizer) que marcamos presença. Por fim, ficamos foi fazendo social com os professores, batendo papo e conversando amenidades. Em uma das aulas eu comecei a me sentir mal, e momentos depois já estava com febre. Até chegar em casa foi um calvário quase. Sorte que já não estava mais chovendo e minha amiga ficou me fazendo companhia, já que eu estava sozinho lá.

Mas o que me faz entrar no assunto é a parte "médica" do "louco" que posso ser. Toda vez que tenho febre, tenho um ritual que faz baixá-la em 45 a 60 minutos. Quando chego em casa, tomo um banho muito quente, visto uma calça de moleton e uma blusa, tomo uma caneca de achocolatado tão quente quanto o banho, temperado com uma colher de mel e deito debaixo de quantas cobertas estiverem disponíveis. E o toque final: deixo rolando um CD do Pink Floyd. O mesmo que meu pai uma vez definiu como "CD desgraçado". As músicas são totalmente experimentais, sem estrutura nenhuma (com poucas exceções) e realmente chegam a dar medo. Ou seja, fico ainda mais tenso com a atmosfera no quarto escuro e sons estranhos permeando cada canto.

Então vem o suor. Derretendo, escorrendo, encharcando a cama... Mas a febre foi embora. Talvez por eu tê-la obrigado a fazer uma sauna caprichada ou por assustá-la com as músicas e meu (mau) humor quando dou febre.

Aqui tem o áudio de uma das músicas que escuto, só de curiosidade mesmo, para vocês terem noção do estilo. A quem se interessar, o CD é o Ummagumma (Studio Album).


Ah, e a febre de ontem. Já foi! E essa não voltou...

Abraços aos meus leitores invisíveis.
aureliomasr


2 comentários:

Anônimo disse...

ih cara, xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinistro!!! hehehe, me fez lembrar o labão dizendo que, quando criança, queria fazer um "aeroporto de espíritos" no quarto dele - "...coloquei um pink floyd antigão no som, ele fazia uhhhhhhhh, uhhhhhhhhhhhhh!!!" kkkkkkkkkkkk, muito doido!!

ah, se quiser ver o lobão dizendo isso, olha aqui:

http://www.cpflcultura.com.br/site/2009/12/01/integra-a-volta-dos-deuses-embusteiros-lobao-campinas/

aconselho a assistir tudo, mas a parte em que ele fala isso é mais ou menos em 13'15'' ;)

Bruno Daniel disse...

Dizem que a febre, em grande parte, é alguma pseudo-infecção ou qualquer outra coisa ruim de dentro do corpo, querendo sair... não sou médico nem quero ser, mas muitas vezes a febre pode ser um sinal de que tens que expurgar "as dores internas"... tudo bem, tá parecendo fala de Jeová, mas é verdade...o mal com "L" da alma (com "L" também) precisa sair, nem que seja pelas glândulas sudoríparas...

P.S.: Eu não estava um pouco alto quando fiz esse comentário.