Tipicamente, nas Semanas Santas, são celebradas missas, e comumente, se o tempo permitir, há as procissões. Filas de pessoas em silêncio, orando, refletindo, celebrando e contando os passos.
E, em cidades do interior, as tradições costumam ser reforçadas com as imagens dos santos sendo carregadas por famílias tradicionais, costume que passa de geração para geração, e que às vezes vemos avós e netos carregando o mesmo andor.
É forte a imagem de uma família unida, participando da comunidade, da vida religiosa.
É forte o fato de que cada membro, cada um que carrega deve pagar um valor de R$ 2,00 à Igreja. É simbólico.
A Família carrega uma imagem durante a procissão, por alguns minutos, faz um sacrifício em nome de Deus, da alma de Cristo ou o que seja. Uma Família se sacrifica para ficar junta nestes momentos. A Família se sacrifica para mostrar à comunidade que ainda existem.
Mas não permanecem.
Muitas, após a procissão se reúnem, conversam, tomam um café, um chá, um suco.
Qual a razão para se unir, carregar uma imagem sacra se, entre os que carregam, aquele que está à sua frente não lhe deseja nem “bom dia”, e, quando a imagem é passada para outra família (real ou imaginária), cada qual segue seu caminho, com seus amigos, seus companheiros, sem ao menos se despedirem. E ficou por isso mesmo. Por isso não esta família não permanece.
A imagem que carregamos em nosso semblante é fundamental para dizer se estamos
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