Há alguns dias foi comemorado o tão famigerado "Dia dos Namorados" e sempre é recorrente para mim o texto que escrevi há alguns anos sobre passar esta data solteiro, mas o foco hoje é outro completamente diferente.
Sou eu ou são as pessoas? Onde foi parar o romantismo que não vemos mais por aqui?
Afinal, Dia dos Namorados mesmo que tenha sido uma data criada pelo comércio para aquecer as vendas num período morno e etc e tal (todo mundo conhece a ladainha), é uma data temática, propícia para aquecer os corações daqueles que se amam, ou que pelo menos dizem que. Tá, tá... tudo bem caiu numa terça-feira, mas e daí? É dia de tomar um banho caprichado, se arrumar bem melhor que num sábado qualquer, caprichar no visual e nas intenções, colocar aquela cueca boxer branca que ela tanto gosta e ela vestir sua lingerie mais sexy. Ou não usar nada por baixo da roupa... É sair para jantar juntos ou criar um ambiente propício à troca de sensações, que alerte todos os sentidos, o cheiro daquilo que se come, o paladar de um vinho suave, iluminação baixa, velas na mesa, o aroma de um incenso exótico...
O complicado é que tudo hoje se confunde com sexo, com segundas intenções, e o romantismo não é o sexo pelo sexo. O romantismo exacerba o amor, que enebriado pelas sensações ambientes se transforma em contato, em pele, em respiração ofegante, em carinhos e beijos intensos. É a celebração daquilo que é realmente importante, ou seja, é o sexo pelo amor, a consumação carnal do amor, com uma pegada diferente, o cume da cumplicidade e da entrega. É o amor inteiro, é a intimidade do casal tomando frente nas sensações, sem medo, sem pudor. Para aquela pessoa que diz que nos ama, ou que nós amamos, nada mais perfeito que uma noite a dois, uma música de fundo bem lounge, criar o clima ideal.
Romantismo não é algo que se mate por, mas é algo que deveríamos morrer na ausência, pois não há relação que dure sem romantismo, sem entrega e sem cumplicidade.
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