O Sol se põe e começa um novo dia.
Se seus desejos ainda não são verdade e sua árvore ainda não lhe deu frutos, é para que seja o melhor de você mesmo e aproveite a larga sombra que a árvore oferece. E mentalize os caminhos que irá descobrir.
A Lua surge no Céu no início do novo dia.
Você quer ser estrela para estar perto dela, e ainda está sozinho e desprotegido. Você não consegue tocar o céu ou mesmo subir na árvore. Então você será a Luz e a proteção daqueles que precisam.
O Dia se aproxima, você tem fome e não tem pão, tem sede e lhe falta água, então, você deseja ter um oceano e uma cesta de pães para saciar sua fome. Então, seja a fonte de água pura e a massa que alimenta a vida de seus amigos.
Na escuridão do meio-dia você sente frio e tem medo de se perder, mas consegue fogo para se aquecer e iluminar o caminho com a ajuda de quem uma vez você julgou ser seu inimigo e agora lhe diz palavras carinhosas.
E no rumo dos seus passos deseja ter flores para oferecer ao amor que encontra pelo caminho, enquanto se contenta com a pureza de um sorriso e recita alguns versos comovidos que uma vez você escreveu. Outra vez desejou dinheiro para dar a um necessitado; Mas o ensinou a riqueza das letras e o conhecimento de um livro.
A Lua já se pôs no horizonte.
O dia vem chegando ao fim e você descobre que nada fez por você, que seus desejos não se realizaram, sua árvore somente lhe oferece a mesma sombra e você não se despediu da Lua. Mas lembra-se de seu novo amigo, que o esquentou quando teve frio e guiou seus passos até o Amor. Recorda-se da amizade que ficou, do Amor que encontrou, do pobre que ajudou e tudo que descobriu no caminho de casa.
E o Sol nascendo celebra o fim de mais um dia.
Apreciando a beleza do bosque onde mora, sabendo que não pode pegá-lo com as mãos, deseja ser um pássaro nele a cantar. Sente o Sol brilhar na sua pele e vive eternamente todos os dias como um dos seus raios, como um de Seus filhos que canta e agradece cada passo que deu e cada pessoa que conheceu.
Você sabe o quanto fez pelos outros, pelos desconhecidos, pelos estranhos e pelos inimigos. E isso é o que lhe faz feliz. E que essa felicidade, a alegria, a amizade e o amor devem ser celebrados como um novo início, e como uma nova descoberta.
São estes os frutos da sua árvore. Estão nas suas mãos e em sua alma.
Escrevi este texto originalmente em 2001, sendo um dos meus primeiros registros juntamente com o poema O Novo, O Velho e O Amanhã.
Recentemente ocorreram alguns fatos comigo num final de semana totalmente maluco e que acredito terem uma ligação direta com este texto. Em breve vou postar o que sucedeu comigo e vocês, meus leitores invisíveis entenderão!
Abraços a todos meus leitores invisíveis
aureliomasr
7 comentários:
Eu sou uma das suas leitoras invisiveis... sempre leeio e neem dxo comentarios ! ahuhaua' óótimo texto, muuuito bom mesmo ! Foodasso ! =D
Muito lindo! me dá a impresão de solidão e melancolia. Adoro ler o seu blog.
Fiquei curiosa, quero saber da história. O texto está muito bonito, parabéns!
Mto bom! aguardo pra saber qual a relação ! do seu leitor nem tão invisivel! kkkk
"...os centavos que pagam pela vida de uma criança abandonada, como os versos comovidos que você escreveu."
Tem certas coisas que não fogem à lembrança, porque são tão vivas quanto as lembranças das tardes de sábado na calçada.
Ah, eu não sou o mesmo anônimo que disse "versos comovidos que uma vez você escreveu", mas eu tb gosto de ler o seu blog ;)
com muita curiosidade de saber o pq do poema, posta logo pô...
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