sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Mudanças, mudanças

Como o mundo da voltas, a vida dá reviravoltas. Resolvi aproveitar a oportunidade e dar uma sacudida gigante na minha vida...

Saí do meu trabalho na Marluvas, e agora estou me formando. Ontem foi o último dia de aula e sexta-feira passada foi meu ultimo dia na empresa.

Vou trabalhar com minha cabeça e minhas mãos, desenvolver minhas ideias onde o retorno delas será mais que certo e garantido. Trabalhar com meu pai e trabalhar para mim. De empregado a empregador e empreendedor.

A decisão de sair da Marluvas vem sendo pensada e repensada, conversada e re-conversada há mais de um ano e, com o advento da minha formatura (sem mensalidades pra pagar ano que vem) aliada à minha necessidade de caminhar com meus passos...fazer meu valor e receber o que mereço pelo meu trabalho.

Então, arregaçar as mangas e as pernas das calças, pq se em algum momento eu atolar, a roupa e minha cara estão limpas... Nunca por baixo!

Abraços a todos!!!
aureliomasr


quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A Força Do Hábito

Antes do hábito definirei o que são manias... Minha mãe tem mania de limpeza. Tudo está sempre desarrumado ou sujo...então ela está sempre limpando ou arrumando. Até chegar ao ponto de que no auge de nóia eu e meus amigos tínhamos que entrar aqui em casa só de meia, ou descalços, pra não trazer sujeiras da rua nas solas dos seus sapatos...

Então por um tempo tinha uma determinada trupe que frequentava minha casa e adquiriu o hábito de chegar na porta da cozinha e já tirar os calçados. É..fazer o quê? No mínimo eu me divertia com isso...

Pois então com o tempo passei a andar com outras pessoas, às vezes a gente faz novos laços e nunca perde os antigos... e estes novos amigos eu nem me lembrei de pedir pra tirar os calçados... ou seja... eles entram na minha casa do mesmo jeito que vem da rua. Bêbados, mas calçados. Andando, e calçados. E praticamente esqueci do costume de tirar os calçados pra entrar em casa, embora eu prefira ficar descalço.

Bom, por obra das necessidades do caso, acaso, ocaso e com tudo combinado, alguns daqueles amigos da trupe inicial vieram aqui em casa, com um agregado (que estava vindo aqui somente pela segunda vez) para resolver uns assuntos de música. Quando me deparo com a maioria deles sentado no chão e descalços!!! Fui na cozinha olhar e estavam lá..pares de tênis e chinelos enfileirados como se fosse uns 3 ou quatro anos atrás!

Então, o hábito nunca se perde, pois mesmo depois de tanto tempo, eles ainda tiram os sapatos pra entrar na casa do japonês aqui... mas ainda bem que minha mãe deu uma aliviada nas manias de limpeza, porque dizer que os germes da rua poderiam contaminar a casa era dose...

abraços a todos
aureliomasr

domingo, 25 de outubro de 2009

Hipócrita.

É incrível como uma pessoa consegue este e outros adjetivos similares em tão pouco tempo.

São só atitudes ridículas.

Pensamentos imbecis.

Hipocrisia. Demagogia.

Fazer graça pros outros.

Fazer bonito pro povo da rua.

E dentro de casa?

E principalmente não acreditar e confiar em quem se deve confiar, dar ouvidos a seus "amigos" que contam histórias fabulosas sobre mim e acreditar. É um imbecil. Um babaca.

Vai pro inferno.

Sua hora vai chegar.

dessa vez eu que assino.
Marco Aurélio Silva Resende.

sábado, 24 de outubro de 2009

Auto-Destruição, Cigarras e o Corpo

Quem não tem um amigo, ou conhecido que na pior hora possível consegue te contrariar? Explico... uma terça-feira qualquer, por volta de 20:15, eu na faculdade, uma aula excitante de Gestão Agropecuária e um SMS chegando no celular: "Maior churrascão aqui na casa de fulano". Caralho. A minha vontade era de bater nesse cara... Nos dois. No meu amigo e no patrocinador do churrasco.

No dia seguinte fui mexer com meu chegado. Afinal, sacanagem por sacanagem a amizade continua...quem não gosta de provocar o outro. Mas não é que ele me deu uma resposta interessante?

"Nós somos as cigarras. Você é a formiga."

Isso me fez pensar até onde é interessante ser formiga - se é que eu realmente sou. Todo trabalho tem que ter um pouco de diversão, mas isso é outro assunto pra outro texto. O fato é que eu não me considero totalmente "formiga" porque às vezes a minha cigarra extravasa, até estourar. Como por exemplo sair numa sexta às 21h e voltar às 7:15 da manhã de sábado pra casa. Sem ter ido a alguma balada ou festa. Só saí pra beber e bater prosa com um primo meu. Mais nada.
Mas as cigarras que meu amigo se referia às vezes, a meu ver não são como ele mesmo se considera, afinal um churrasco numa terça-feira, mesmo que incomum é aceitável.

Difícil são as cigarras da auto-destruição. Já conversei e às vezes saio com pessoas desse tipo. Não critico, mas como me considero um "doido são", zelo por estas pessoas. Mas até que ponto a diversão deixa de ser uma coisa saudável? É quando uma pessoa chega ao nível de só conseguir se divertir em certas circunstâncias. Com muito álcool ou alguma droga na cabeça. Não recrimino, mas tudo tem limite, temos que saber nosso limite ou cada vez mais as pessoas precisam de mais drogas pra se manter em pé numa noite. No meu caso, admito que posso me divertir sem beber, mas existem lugares, existem companhias que praticamente nos induzem a beber. Ou a festa está ruim ou as companhias são chatas. Pelo menos bêbado a prosa (parece que) melhora e a gente perde a vergonha pra censurar as pessoas. Mas nem sempre é preciso estar embriagado pra curtir. Mas é uma pena que 99% da juventude da cidade onde moro não pensa assim.

E isso eu ainda estou aprendendo. A não precisar de beber muito ou nada pra me divertir.

Com toda essa auto-destruição, as cigarras que estão em todas as baladas, festas e afins, com seus esquemas sabem o que será o dia de amanhã..a ressaca vem em dobro. Física e moral.
Temos que nos divertir, mas sem os excessos que fazem mal a nosso corpo. Compare algumas fotos de uns anos atrás e as de hoje. Veja suas rugas aumentando no rosto.

Quem foi que disse que a cigarra de tanto cantar estoura?
O corpo das cigarras da auto-destruição uma hora pede arrego...

abraços
aureliomasr

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Canal no You Tube

Investindo em outras mídias (mas sem dinheiro entrando ou saindo, investindo só tempo mesmo) criei um canal no You Tube onde irei postar alguns vídeos de minha autoria ou em parceria com algum maluco.

www.youtube.com.br/aureliomasr

Abraços
aureliomasr

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Mensagem

No melhor estilo "O Novo, O Velho e O Amanhã", deixo a seguinte mensagem:

Enquanto revivi por alguns instantes o passado, me lembrei que o presente atual
me proporciona um futuro muito mais forte.

E completando, chegou a hora de deixar o que é velho pra trás e fazer do novo meu amanhã.

I'm the changeling...see me change...

domingo, 13 de setembro de 2009

As Namoradas da Vida Real

Eu nunca fui o tipo de cara pegador, sempre fui mais sossegado, de namorar sério, embora meu histórico de cagadas e pisadas na bola seja grande, cada uma das mulheres que me relacionei deixaram uma marca, e em muitos casos me ensinaram coisas das mais interessantes às mais imbecis que, de certa forma até hoje são presentes na minha vida. A intenção não é denegrir a imagem de ninguém, mas passar impressões mínimas e que não fazem jus ao que cada uma dessas relações foram pra mim. Cada uma teve seu momento e valor. Não tô aqui pra falar mal de ninguém...
Não citarei nomes, lógico, mas meus amigos de longa data ou aqueles que conhecem as histórias, ou as pessoas, sabem a quem me refiro.

Ao mesmo tempo também fui meio precoce. E lerdo. Meu primeiro namoro “sério” foi aos 12 anos, assim que me mudei pra Cruzeiro/SP. Logo que comecei a estudar, eu era o “aluno novo que veio de fora”, recebi um bilhetinho que dizia “Você quer me namorar ou paquerar?”. Eu achei o máximo, aceitei no dia seguinte, tinha que fazer cu doce, óbvio. Rápido ou não, levei uns bons dois meses pra criar coragem e dar um beijo na menina. Daí não parou mais... Isso foi em setembro de 1995 (porra não sou tão velho!!!). No carnaval de 96 experimentei a sensação de fazer parte de um seleto grupo de não-frequentadores (até então) do carnaval. E de ter uma namorada que freqüentava as matinês do clube da cidade. Tomei um par de chifre pra cabeça... e o pior que o cara que ficou com ela é que cismou de brigar comigo... É uai! Logo que ficou claro o término do namoro, umas meninas da minha sala me perguntou: “E aí, agora que você ta sem namorada, o que vai fazer?”. Eu, me achando o último pacote de biscoito, respondo: “Mulher é o que não falta...daqui a pouco arrumo outra.” É né... passei mais de um ano sem pegar nada, e de quebra, peguei amidalite e mononucleose...fiquei de cama com febre uns 15 dias.
Lição aprendida: cala a boca e não fala besteira. Se tiver que chover na sua área, deixa chover, mas você é que tem que saber. E passa o rodo em quem chover.
Então do nada, me surge uma outra menina (da sala da ex), dizendo que era apaixonada por mim e etc, e tal. (é, minha mãe me jogou num barril de mel quando nasci). Muito relutante, aceitei ficar com ela e consequentemente namoramos, só pra ver no que ia dar. Mas honestamente, a mina ficava na minha cola! Era até bonitinha, muito mais que a primeira, mas cansativa... pra ter uma idéia, ela marcou um encontro com uns casais na casa dela, só pra me apresentar pros pais dela, uma festa americana. Vocês, caros leitores invisíveis, acham que eu fui? Confirmei até a última hora que eu ia. Não fui. Neeeeem... eu tava mais afm de ficar jogando “Super Street Fighter 2” no Super NES e andar de bicicleta no bosque perdo do colégio do que pelejar com namoro em casa. Por fim, terminei com ela, triste porque não sei se ela gostava mesmo de mim ou se era carência afetiva (psiquiatra aos 12 anos???).
Lição aprendida: não dá pra tampar um poço com uma tampa de garrafa. Eu tava afim de passar o tempo, ela, de casamento. Então... fui passear!
Daí me enrolei com duas melhores amigas, da mesma sala no colégio. Só aprendi como manusear as cabeças das duas a meu favor, no meio do caminho, as duas bateram cabeça por minha causa (hum...gostosão!) e no final, acabei tomando na cabeça.
Me mudei de Cruzeiro para Guaratinguetá (também em SP), em Julho de 1998. Passado o segundo semestre também sem pegar nem gripe, vim pra Dores de Campos (MG, terra das famílias dos meus pais) no carnaval em 1999. Conheci uma morena que me fez descobrir um problema chamado “freio”. É...e com isso, começamos a namorar. Namoro de carnaval. Passado um tempo, voltei a DC e qual a notícia que recebo de um conhecido? “MA, você é um chifrudo. Tua namorada ficou com fulano”. Ótimo...curei meu trauma de carnaval, prorrogando o chifre pra outra data comemorativa. Terminei, porquê namoro à distância não ia rolar de qualquer jeito. No auge da puberdade, não dá.
Lição aprendida: vou me guardar pra quando o carnaval passar!
Mas, neste meio tempo eu já vinha de conversa com uma garota que estudava comigo, e fiquei com ela depois que terminei com essa de Dores (aham... falou...). E resolvi pedir ela em namoro, presumindo em minha cabeça a seguinte frase: “Vou namorar com essa daqui de Guará mesmo. Ela estando aqui fica mais fácil, posso ficar com ela quando eu quiser”. E eis que numa das nossas primeiras briguinhas ela me diz as seguintes palavras: “Só porque eu estou aqui não quer dizer que vou ficar com você quando você quiser!!!”. É, ela tinha poderes paranormais. Esse namoro durou o 2º e 3º ano do Ensino Médio, depois acabou e além de eu ter que aprender (de novo) a ser menos presunçoso, me ensinou uma coisa que anda comigo até hoje. Na verdade escondo de todos esse segredo. Guardar o cadarço do tênis por baixo da palmilha, pra não ter que dar laço. Isso anda comigo até hoje! E bem escondido sob as palmilhas! Se tiver alguma outra lição que aprendi é que Carnaval não é coisa pra se ver na TV... Mesmo depois dos chifres.
Quase dois anos se passaram e terminamos. A partir daí fiquei muito, mas muito tempo sem namorar e quase não pegando nada. E é verdade... mas não reclamo. Terminamos em 2001. Em 2003 mudei pra Dores com meus pais. Em pouco tempo, estava namorando.
Conheci-a na faculdade.
Parêntese: acho que nunca fui à escola ou à faculdade pra estudar, só pra conhecer mulheres e arrumar namoradas! A maioria veio destes lugares...Fecha parêntese!
Pois é. Ela vendia bombons caseiros, muito bons por sinal. Era uma ótima pessoa e me serviu de exemplo para algumas coisas, que guardo pra mim. Mas o mais importante foi que, ela também morava fora de Dores. Pra ser mais exato, em Alto Rio Doce. Então, a coisa foi dando certo, dando certo, eu achando que tava com a vida feita (sem formar e sem ganhar bem). Resolvi virar o jogo da vida...ficamos noivos e embarquei numa tentativa de ser representante em Maringá (PR). Isso foi depois do Carnaval de 2005. é verdade, passei carnaval sem tomar chifre e me diverti à beça. Pois é... a coisa ia às mil maravilhas, até que desanimei de Maringá, enfiei o rabo no meio das pernas e voltei. Até aí tudo bem. Mas com a mudança da situação, a história toda do casamento ia ser outra e não chegamos num consenso. Enfim...não cabem detalhes aqui, mas terminamos depois de muito desentendimento. Eu fui um covarde, é verdade, e ainda pisei na bola e chutei ao balde, tudo ao mesmo tempo.
Lição aprendida: antes de trocar os pés pelas mãos, experimente as luvas nas mãos e as meias nos pés. Se servir, mete a cara, mas se não entrar, pula fora.
A verdade é que eu era muito novo pra assumir compromissos tão sérios, e a vida de farra que se abriu pra mim me animou e ao mesmo tempo me iludiu...
Numa destas ocasiões conheci outra mulher que mais tarde (depois de muito tumulto) se tornaria minha namorada. Como muita gente me disse, eu tentei remar em duas canoas e por pouco morri afogado. Entretanto, ainda acho que fiz a “escolha” certa. E então depois de quase dois anos também de namoro, começamos a nos desentender e dei um vacilo – lógico – nem me defendo, mas errei mesmo. É, mas de novo, outros bons carnavais e muitas festas. Foi um período que o que mais aprendi foi medir a dose exata de rum para tomar com coca-cola, e ir a muitas festas... Mas também foi onde eu descobri que para se estar com uma pessoa, goste dela ou não, é preciso ter uma perspectiva a longo prazo e, quando estávamos juntos eu simplesmente não via isso. Foi carpe diem.
Lição aprendida: as pessoas não podem sofrer as conseqüências direta ou indiretamente das nossas impressões. Ou seja: pra quê jogar merda no ventilador??? É, mas acabou.
E depois resolvi dar um tempo, pois percebi que meus namoros mais sérios andaram sempre na casa dos “quase dois anos”, “dois anos” ou “pouco mais de dois anos”. Parei, caí na gandaia, tirei todo o atraso de farra e, mais um pouco teria um coma alcoólico ou coisa do tipo. Mas aproveitei e conheci pessoas excelentes, que poderiam ter sido namoradas e que não foram por “n” razões. Mas eu fiquei feliz assim.
Houveram situações que me fizeram pensar em tantas coisas, tantas pessoas que resolvi me expor dessa forma, por que cada uma delas, a parte das brincadeiras mencionadas, me deixou uma lição, quer por ações delas ou por erros que eu tenha cometido. Traições houveram, infelizmente. Um mea-culpa, as pessoas que foram “paralelas” são ótimas pessoas. Tenho amizade com muitas até hoje. As que foram oficiais, e que ainda têm coragem de falar comigo, é ótimo saber que não fiquei como o “cara-mau”. E eu não sou. Só tinha o problema de cansar e jogar pro alto. Sem medir as conseqüências e às vezes dava certo, muitas não.
Só que isso foi minha vida. Cada uma merecia uma citação muito maior, com mais detalhes. Mas, estes, eu prefiro guardar pra mim, porque a experiência é a mãe da sabedoria e o pai do exagero. Então, carreguemos ela dentro de nós, lembrando do que foi bom, aprendendo com o que doeu e nunca, jamais, pisar em ovos com uma nova pessoa por causa de situações anteriores. Cada pessoa é uma pessoa. Não é porque uma posição deu certo com uma que vai dar com outra (falou...autor do kama sutra!)...às vezes surge uma posição melhor...
Nem me considero “o” experiente, mas vivido o suficiente para fazer o que eu faço, de forma consciente.
Abraços a todos
aureliomasr

domingo, 30 de agosto de 2009

Outro sumiço...outra síndrome de tela azul!

Bom..novamente dei uma daquelas clássicas sumidas no blog...bom...antes que o mês de agosto se encerre tenho que falar do meu aniversário pô!

Fiz 26 anos dia 26...e tenho que admitir que este foi meu melhor aniversário até hoje!

A Natália e o Juninho me organizaram uma festa surpresa no sábado 22, com bolo, balões e cervejada com alguns dos meus amigos das bandas de cá!
No dia 26 teve um bolo ofertado por um fornecedor da Marluvas, com direito a nome escrito e tudo, junto com os demais aniversariantes da semana!
O pessoal do ons da facul cantou parabéns pra mim - mas ngm percebeu que eu não tava no ons, pq eu sou mais recatado...auhauhauhua...
E pra fechar sexta-feira foi outro grande encontro, eu, Saulo, Juninho e com a inclusão do Weverton nesta edição...cervejada, churrasquinho e mto rock n roll

Bom...foi ótimo mesmo!

E o melhor são os presentes...Saulo e juninho me deram um fardo de Skol e a Natália me deixou de queixo caído... me deu o box de 4 DVDs do Woodstock...ainda não terminei de assistir todos, mas logo acabo!

Esta semana dou mais sinal de vida...estou acabando a edição/produção do video clipe da música The Calyx Of Rebellion, de uma banda de uns amigos meus, chamada Left Behind. O som deles é muito bom!

Abraços a todos
aureliomasr

terça-feira, 28 de julho de 2009

Repetindo a História

Hoje me deparei com uma frase de Paulo Vaz de Arruda que diz o seguinte: “Dirigir a vida olhando para o passado é como guiar um carro olhando pelo retrovisor. Uma hora a gente bate.” Além disso, é cansativo ouvir a mesma história pela segunda, terceira, quarta ou quinta vez. Realmente parece perder o sentido, contar os mesmos casos sempre, repetir as situações. Será que estamos presos ao passado? Falo isso amparado por situações que tenho convivido, expressões, situações que, só não podem ser mais cansativas, pois não pretendo excluí-las da minha vida.

Você já percebeu que em diversas reuniões de família, de amigos, de colegas de trabalho nunca nos atualizamos na hora de contar um caso, mesmo que seja pra tirar um sarro com a cara do outro? Sempre temos as mesmas histórias do ano anterior, que se transforma em dois anos atrás, três anos atrás...e a história continua lá, como se fosse novidade. Será que estas pessoas não imaginam que podem acontecer novas histórias, renovar o repertório de assuntos?

Ultimamente eu tenho preferido me abster deste tipo de situação indo conversar com outra pessoa, dar uma volta no banheiro, ou olhar as estrelas pra não deixar ninguém sem graça. Não acho que consiga rir de novo, talvez sim, talvez não. Prefiro que me conte uma coisa nova. Chega da mesma história sempre. Ou melhor, porquê não fazer novas histórias?

Ou pode apenas ser meu (mau) humor atuante.

Imagine-se numa reunião de família, na casa dos avós da sua namorada, ouvindo a mesma história pela enésima vez e você não ri. Todos vão perguntar se você está bem ou estranhar seu silêncio. O que dizer? “Já cansei dessa história” ou “Vamos variar o repertório”? É melhor o silêncio, tomar um gole de cerveja e tentar relaxar para não se tornar o antipático da família. Não tem jeito de cortar uma história no meio com um engasgo, uma crise de tosse, derrubar um copo na mesa... Talvez acelerar o assunto, ou fazer comentários risonhos e incluir outras histórias no meio da história pra acabar com o assunto rápido.

Isso tudo é definitivo, mas eu faço uma ligação com a velocidade da informação no contexto atual. Nossa história de vida pode ser comparada a grandes obras do passado, livros, discos ou quadros. Quantas obras de sucesso dos últimos dez anos você se lembra sem consultar a internet? Não vale a lista da Veja da semana passada. Quantas obras de 25, 20 anos atrás você se lembra que marcaram época. Exemplo fácil, com a morte do Michael Jackson, até o mais leigo dos leigos sabe que o clipe de Thriller foi um marco na história da música pop. E recente , após Smells Like Teen Spirit do Nirvana? Alguma coisa marcou essa geração?

É este o ponto. Estamos presos com uma âncora ao passado, que não nos deixa ver o que há de novo lá na frente. Nem nas nossas vidas, ou nas nossas descobertas. Enquanto o passado for presente o futuro permanecerá um lugar impossível de se imaginar. E não podemos deixar isso acontecer àquelas pessoas com quem vivemos os melhores momentos das nossas vidas. Vamos planejar e fazer. As lembranças estão nas fotos e no passado.


Abraços

aureliomasr

segunda-feira, 20 de julho de 2009

hehehe

Clonando o Blog do Rodrigo... o texto abaixo tbm serve de comemoração atrasada para o Dia Mundial do Rock, que foi só uma semana atrás (13/07)... hehehe

aureliomasr

Meus Amigos e Nossas Músicas

Meus amigos sabem que eu não vivo sem música. Meus pais sabem que enquanto eu estou em casa, estou ouvindo música. É o que me relaxa de verdade (tá bom...tem coisas que relaxam mais...). Mas o que eu quero dizer é o quanto as músicas dão voltas com a gente. Com três anos de idade eu já gostava de Lobão, e hoje, sua música é uma constate para mim. Andando mais à frente no tempo, quando comecei a prestar mais atenção em música, eu só tinha dois cds e já era fã de Pink Floyd.

Então, na minha vida de idas e vindas entre cidades no Vale do Paraíba, no Estado de SP, parei em Guaratinguetá. Estava começando a abrir minha mente para mais músicas, tanto é que qualquer hora que escuto o épico (What’s The Story) Morning Glory (lançado anos antes, mas que só ouvi com calma naquele ano) do Oasis e Bittersweet Symphony do The Verve me transportam a Agosto de 1998, o que me remete ao Carlos, ao Acústico do Nirvana, ao Silverchair que ele é fã de carterinha e novos sons que ele me trouxe... Daí meus horizontes começaram a se abrir para música. Me interessei por sons meio de moda (Limp Bizkit, Korn), não minto, mas eu era um adolescente de 16 anos e ainda aprenderia muito.

Passaram-se alguns anos, comecei a tentar tocar alguma coisa junto com o Carlos, escrevemos um caminhão de músicas que, parafraseando Simon & Garfunkel em “Sounds Of Silence” éramos “people writing songs that voices never share”. Compusemos MUITA coisa, e muita coisa boa. Não troco por nada nossas velhas tardes de sábado e domingo tocando violão na rua. Numa dessas ocasiões, entrou no nosso meio um grande e antigo amigo meu, o Rodrigo, que adicionou idéias, embora tenhamos montado apenas uma música juntos, como trio. Mas para mim, ter dois dos meus melhores amigos, juntos, debaixo do mesmo teto era o que eu tinha de melhor. Neste tempo também fui a um ótimo show do Capital Inicial com o Carlos, o primeiro “grande” show que fui, nós ficamos uma semana com o ouvindo zumbindo, mas achamos aquilo o máximo! Com o Rodrigo, recentemente tive a oportunidade de ir ao show do Radiohead, bem como na despedida do Los Hermanos, uma experiência formidável, e pensar que um mês depois ainda teve o Oasis...

Algum tempo depois, me aproximei de uma turma que já era contemporânea da época do colégio, mas que não convivíamos por ser de salas diferentes. Então eu entrei de vez no rock n roll. Com eles – leia-se 13assos – conheci Doors, Purple, Zeppelin, Sabbath, Tull, enfim...o melhor rock n roll que existiu e existe. Lógico que eu já tinha meus gostos, particularmente mais atuais, o que inclui Oasis, Radiohead e outros da mesma verve, inclusive o The Verve!

E nessas apresentações de sons maravilhosos, encontros regados a cervejada, rock n roll com grandes e bons amigos, aprendi uma grande lição na minha vida.

Como todo mundo que se encontra um dia tem que se separar, vim embora de Guará de volta para Dores. Entre esses amigos de Guará tem o Vitor. Antes de eu me mudar, peguei meu HD (um absurdo de 4 GB na época) e lotei com tudo que consegui pegar de músicas dele, fora os cds que ele me gravou. E vim embora com aquelas doces lembranças de velhos amigos. Mal sabia eu o que me esperava.

Decidi que entraria numa banda. O que aconteceu pouco tempo depois, por causa de Black, do Pearl Jam. Nessa banda apresentei ao pessoal Todo Carnaval Tem Seu Fim do Los Hermanos. Passados alguns anos, dos cinco membros dessa banda, três foram comigo e outro amigo nosso, também baterista em outra banda que tivemos num show do Los Hermanos. Então, de repente, me vi com um monte de amigos que curtiam rock n roll, mas só aqueles manjados.

Eu não estou aqui pra contar vantagem. Mas comecei a apresentar para os outros novos amigos músicas que me foram apresentadas alguns meses ou anos antes. E todos gostavam. Comecei a me sentir meio que um multiplicador. E recentemente tive prova disso.

Ao lado da casa da vó da minha namorada tem um lava-carros. Num sábado de manhã eu estava na sala sentado esperando a Natália terminar de se arrumar quando ouvi Breathe do Pink Floyd numa versão ao vivo que não era do PULSE. Era de um bootleg (gravação não autorizada, feita por alguém no público) chamado A Passage Of Time, gravado durante um show em 13/09/1994 na Itália. Fui ver e descobri que o carro era o de um amigo do Weverton, outro velho amigo meu e que foi comigo ao Waters em 2007 e ao Australian Pink Floyd em 2005. Mas parece que quem lavava o carro não gostou das músicas e começou a passar de uma em uma e ouvia a introdução... Juro que grande parte das músicas vieram de mim, gravações underground do Pink Floyd (The Embryo, ao vivo), Pearl Jam, muita, mas muita coisa sei que partiu de mim, porque pra mim era óbvio demais todas aquelas músicas juntas.

De todo esse tempo que estou aqui, bati cabeça com umas três bandas que não deram em nada apesar de ótimas composições, que de novo, “voices never share”. E em todas criei ótimas amizades. Umas passaram, mas as melhores ficaram. E, se um dia eu tive presente, na casa ao lado ou na cidade vizinha dois dos meus melhores amigos e outros tantos bons companheiros que me apresentaram o bom e velho rock n roll, hoje tenho amigos como o Saulo e o Juninho, que entre muitas, muitas, farras, bebedeiras, quebradeiras somo companheiros independente do dia, da hora e do lugar. E de brincadeira temos nosso Grande Encontro, mais ou menos todo mês. Cervejada, rock n roll e muita coisa boa pra contar e pensar. Hoje sempre trazemos uma novidade, um som novo para passar pro outro, podemos sempre terminar a noite vendo Los Hermanos, Led Zeppelin ou qualquer outra coisa que seja unânime, mas a palavra de ordem é a novidade. É ter o em mente que o melhor presente que pode se dar a um amigo é a possibilidade dele experimentar um som novo pela primeira vez. E quando é bem recebido, eu fico satisfeito, pois, é como se eu visse minha reação quando ouvi aquilo quando me apresentaram aquela banda, ou aquela música. David Gilmour (Pink Floyd) disse uma vez que gostaria de ser uma pessoa que – por ter sido parte da banda e ter gravado – pudesse colocar os fones e ouvir pela primeira vez o álbum The Dark Side Of The Moon.

Então, a cada vez que descubro algo novo, por mais antigo que seja, é nos meus amigos que eu penso. É quando vamos nos encontrar de novo para conversar, tomar uma, ver aquele DVD, ouvir aquela música e celebrar mais uma vez nossa existência.

O Grande Encontro é uma vez por mês. Mas o que ele causa, é atemporal. Todos os amigos devem fazer isso.

domingo, 21 de junho de 2009

O Terço

Pelo fato de eu morar numa cidade do interior consigo visualizar algumas coisas que são característicos desse tipo de lugar. E, um dos pontos que me chama mais a atenção é a religiosidade das pessoas ser mais aflorada. A população é freqüentadora assídua das missas, cultos – cada um no seu devido lugar – e por menos que deveria, a missa tornou-se um evento social, onde as pessoas são reconhecidas por sentar sempre no mesmo banco, encostar-se à mesma pilastra ou simplesmente por ir à igreja e ficar do lado de fora batendo cartão. Além de ser um desfile de moda, onde as pessoas colocam suas melhores roupas, calçados, passam litros de perfume e quilos de pó compacto.

Eu falo isso sem ir à missa. Mas o quanto já fui obrigado, e pelo fato de ter minha opinião formada quanto à religião e crenças em geral, prefiro não seguir nenhuma. E aliado a isso tudo, faço minha crítica direcionada ao catolicismo.

Quantas pessoas eu conheço que têm alguma atividade com a igreja da cidade, ajudam na missa, em eventos e etc., quantas outras eu vejo todos os dias indo para o trabalho com o terço na mão, rezando, ou que carregam medalhinhas de santos em seus crachás. Eu acredito que elas rezam para terem serenidade ou segurança para trabalhar bem. Mas a grande maioria dessas pessoas, são as primeiras a demonstrarem no dia a dia uma pobreza de espírito superior às outras, além de usarem artimanhas para puxar o tapete dos outros, e utilizam de muita falsidade com as pessoas que convivem. Eu tenho vontade de perguntar pra quê serve aquela imagem de santo na mesa, ou onde está a “serenidade”. Eu observo estas pessoas e como elas conseguem manipular os outros de acordo com seu interesse. E com toda a imagem de “eu sou de Deus” pergunto-me realmente por quem elas intercedem? Acho que é pela outra parte.

É muito fácil posar diante de uma sociedade toda como um dos “escolhidos” de Deus para ajudar na sua tarefa de conduzir seu rebanho através da missa. Mas todos conhecem a expressão “lobo em pele de cordeiro”. Esse rebanho quando sai da igreja, vira uma matilha. E essas pessoas que posam de santas, meu deus... São as piores na minha opinião, então, eu pergunto... Qual é a necessidade de se ter uma religião, de seguir uma crença por obrigação sendo que o quê você mais pensa durante a cerimônia é na coitada que está na sua frente e sabe que o marido a trai e nada faz, ou pensar que sua vizinha de banco é uma fofoqueira e que você queria que outra pessoa se sentasse do seu lado.

O Deus da Igreja Católica é conhecido como um deus repressor. Que julga para escolher. E isso é refletido nos seus fiéis, que vivem de maus julgamentos, mesquinharias, falsidade e interesse somente no seu interesse, não há interesse em ajudar o próximo, a não ser que o próximo seja seu reflexo num espelho. Honestamente, eu não ponho os pés na igreja sem necessidade, e ainda mais aqui, onde sou considerado ateu pela minha forma de pensar. Então, fodam-se essas pessoas. Não devo satisfação a nenhum deus a não ser aquele que me é soberano e de todas as nações e cores, e pode ser escrito com “d” minúsculo sem considerar um pecado. Não acredito naquele que ergue templos, igrejas, enriquece seus representantes cada vez mais e se esquecem dos motivos que levaram algumas das pessoas de bem àquela celebração. A missa segue no piloto automático. Padre fala povo responde. Banda toca padre fala povo boceja. Isso é ridículo.

A fé é um sentimento íntimo de cada um e não precisa ser mostrado pra ninguém, cantando, rezando, abanando papéis, dando dízimo. A fé mora dentro de quem realmente quer o bem da Humanidade, fazendo a diferença dia após dia, com honestidade, paz e boa vontade. Não precisa ser um gesto grandioso. Basta a boa intenção e o sentimento.

E é assim que eu vivo em paz.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Eu não vi, mas eu vou...e vc?

Falando de outro filme por um momento.

Campanha de divulgação pesada para o documentário sobre três guitarristas nada carismáticos no mundo do rock n roll... It Might Get Louder. Com Jack White do White Stripes, The Edge do U2 e ninguém menos que Jimi Page do Led Zepellin.

Não dá pra dizer que se espera uma sonzera...pq isso é obrigatório. E muita gente pode pensar o que esses três têm em comum pra se reunirem? E pior, muita gente pode desfazer o Jack White pq ele é um moleque perto dos dois.

Meça o carisma de cada um dentro da década que surgiram, que tiveram seu auge, Page, Edge e White: 70, 80 e 90. Analise a representatividade da banda de cada um deles nos contextos históricos, no quesito inovação musical, na qualidade sonora executada, deixando qualquer técnica de lado...

Page é incomparável, Edge é inimitável e White é inquestionável.

Abaixo, o trailer... deliciem-se com essa pérola!



domingo, 14 de junho de 2009

Complemento dos patinhos...

Lá vem o pato

Pata aqui,pata acolá

Lá vem o pato

Para ver o que é que há.

O pato pateta

Pintou o caneco

Surrou a galinha

Bateu no marreco

Pulou do poleiro

No pé do cavalo

Levou um coice

Criou um galo

Comeu um pedaço

De jenipapo

Ficou engasgado

Com dor no papo

Caiu no poço

Quebrou a tigela

Tantas fez o moço

Que foi pra panela.

Vinicius de Moraes

A saga dos Patinhos de Borracha


Parecia patetice... parecia até má-vontade minha por ser história que minha sogra contou... mas na verdade era minha falta de informação, assim como de todos que estavam ouvindo a história esse final de semana...

"Um contâiner com patinhos de borracha... tem patinhos no oceano inteiro, acharam até no Alaska".

Pronto! Pra mim parecia história de pescador...rimos demais quando a Natália contou essa história que a mãe dela contou pra ela.

Muito curioso, cheguei em casa e pesquisei no Google: "Contâiner de patinhos". E não é que estava lá? O pior é que enquanto eu lia e falava com meu cunhado no telefone sobre a veracidade da história, meu pai entra no quarto e diz "Ué, vocês não sabiam disso? Tem um tempo que aconteceu.." e contou a mesma história!

Era fabuloso demais pra ser verdade...Pra mim não tem outra palavra pra descrever isso além de "fabuloso".

Veja o link abaixo...mas não deixa de ser hilariante!!!

Todos os créditos à minha sogra... agora vou pensar duas vezes antes de rir de uma história fantástica como essa!

abraços a todos e boa semana
aureliomasr

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Pra Eu Não Me Perder


Cartaz de divulgação do curta-metragem Pra Eu Não Me Perder.

Em breve, o lançamento do DVD contendo além do filme, extras, making of e fotos dos bastidores.

Aguardem!

aureliomasr


quinta-feira, 4 de junho de 2009

O Dia dos Ex-Namorados

Escrevi este texto há dois anos atrás, no dia 11/06/2007, época na qual eu estava solteiro e me bateu o pensamente de como seria aquele dia sozinho, pela primeira vez depois de alguns muitos anos namorando... Bom, a verdade é que eu não me lembro como foi porquê provavelmente me embriaguei com algum amigo meu na mesma condição. De qualquer forma, vale pela curiosidade e pela data que se aproxima novamente!

Espero que gostem!

         Dia 12 de Junho, dia dos Namorados. Mas o que fazem aqueles que não estão amando? Que estão descrentes, largados, abandonados, ou mesmo os que abandonaram alguém? Como se virar pra não pirar com o amor alheio e superar este período?

          Se você está solteiro(a) há cerca de 6 meses até um ano, não se desespere. O problema não é você, pode ter certeza, o problema são os outros que não te entendem, e outra...pra quê se preocupar com isso se você desconfia que sua cara metade não passa de uma utopia? Nesse momento da vida você tem um discurso pronto para todos os seus amigos e amigas sobre o Dia dos Namorados: "O certo de se comemorar o dia dos namorados é em Fevereiro, no Dia de São Valentino... dia 12 de Junho é uma data instituída pelo comércio pra aquecer as vendas num período de pasmaceira!". Ou então se você está solteiro a menos tempo do que isso, no mínimo deve estar falando pra todos seus amigos e amigas que "este ano não vou gastar dinheiro com isso" e no fundo se remói: "Mas também não vou ganhar nada", ou então todos te perguntam para qual namorada você já comprou presente, ou até mesmo o que comprou pra cada uma. Piadinha sem graça essa não? Ah...te perguntaram isso hoje?

        À parte do lado econômico, no ponto de vista sentimental, para qualquer um, passar um dia dos namorados sozinho (pode ser o primeiro, segundo ou o vigésimo-sétimo), vendo os casais aflorando seus sentimentos em praça pública, cestas de café da manhã, buquês de flores transitando de um lado para o outro no seu escritório, na vizinhança, telemensagens ao vivo na escola ou faculdade... Tudo isso é como aquele seu primeiro aniversário na adolescência onde você não ganha presente dos seus pais, dos seus tios e dos seus avós e nem dos seus amigos, e a festa é como um jogo de campeonato só pra cumprir tabela.

        Se você tiver a coragem (e a sorte) de se encontrar com alguém apenas para não passar o dia dos namorados sozinho, é bom saber que isso não convence o coração. Pode acabar confundindo a emoção. Se você quer ficar sozinho, vista a camisa do "Sou solteiro", fique sozinho. Se tiver alguém não só para esse dia, aproveite e faça dos outros dias melhores que este. Não desperdice o tempo enganando o coração, criando sentimentos que podem se tornar confusão e que não levam a lugar nenhum. Se você não se desesperar e superar essas 24 horas de amor sublime e comercial sem esmorecer ou ter uma pontinha de inveja dos outros, prepare-se. Você tem grandes chances de encontrar com a pessoa que pode te fazer muito feliz e provar do melhor sentimento (incluindo as brigas e as diferenças de personalidade) que você sempre quis no lugar mais fácil do mundo. Seu coração, único espelho da sua alma que reflete as melhores intenções das suas companhias com um sorriso de felicidade sincera.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Crise da tela azul

Diziam que os escritores se sentavam à frente de suas máquinas para redigir seus textos e na hora H...a folha branca virava um monstrinho e as teclas da máquina os dentinhos dele... e nada saía...

Em mim bateu uma tela azul...o programa está sendo executado, mas tem alguma coisa travando o funcionamento dele!

Idéias não estão faltando...as namoradas da vida real...  um conceito sobre terços e rezadeiras... tá faltando é tempo mesmo.

Só uma dica: pra quem curte rock n roll, recomendo ouvir com atenção "Fade In-Out" do Oasis, no álbum Be Here Now de 1997. É considerado um dos piores álbuns da banda, senão o pior, mas eu só tenho ouvido ele esta semana.

Será que minha sina de me unir ao excluídos?

Abrações e o fds tá batendo na porta!
aureliomasr

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Quando HOJE foi ONTEM

Ontem era pra ter sido um dia que eu tinha planos, que tinha promessas mas não foi.

Como o próprio nome deste blog diz: O novo, O velho, e o Amanhã. Hoje o Novo é novo, mas Amanhã ele já será Velho. Então, eu digo que o tempo passa numa velocidade tão alta que às vezes não percebemos o quanto já se passou e isso, muitas vezes me entristece. O tempo passa e ainda não realizei nada de grande, nenhum projeto, nenhuma conquista profissional ou pessoal.

N - A - D - A

Mas não tenho feito muitos esforços ainda. Estou na zona de conforto, mas preciso colocar uma agulha na minha almofada, pra eu me levantar rápido tão logo eu assente.

Ontem eu queria ter feito uma grande homenagem a meu Amor, pq foi aniversário dela, mas faltou tempo, faltou inspiração, faltou eu estar com ela pra me alegrar. Senti muito sua falta hoje, ou ontem. E não pudemos comemorar juntos, mas ela em BH e eu aqui, é inviável durante semana. Fazer o quê. Our choice. We knew it.

Interesante que quando eu voltava da aula agora há pouco, ouvia um cd do Oasis, uma coletânea lançada no Brasil em 1999 só com Lados-B - músicas que não entram nos álbuns oficiais - e percebi que as melhores músicas deles foram refugadas. E entre elas, uma me chamou mais ainda a atenção. Rockin Chair. Vale a audição e vale conferir a letra.

I'm older than I wish to be
This town holds no more for me
All my life I'll try to find another way
I don't care for your attitude  
You bring me down I think you're rude  
All my life I try to make a better day  

It's hard enough being alone  
Sitting here by the phone  
Waiting for my memories  
To come and play  

It's hard enough sitting there  
Rockin' in your rockin' chair  
It's all too much for me to take  
When you're not there  

It's hard enough being alone  
Sitting here by the phone  
Waiting for my memories 
To come and play  


I'm older than I wish to be
This town holds no more for me  
All my life I try to find another way  
I don't care for your attitude  
You bring me down I think you're rude  
All my life I try to make a better day

pensem nisso.

E amanhã tem a continuação das "Namoradas da Minha Vida" - a patroa autorizou publicar "Vida Real"

abraços.
aureliomasr

quarta-feira, 13 de maio de 2009

As namoradas do meu passado





Minha primeira namorada, aos 5 anos de idade foi a Xuxa, mas com o tempo percebi que não dava pra disputar com personalidades como Senna, Pelé, Evandro Mesquita... Eu era só uma criança e aprendi que existem mulheres e entre algumas delas, existe a televisão! Então mudei de canal. Resolvi namorar a Angélica, sem o consentimento dos seus pais, afinal, ela morava no Clube da Criança e era deste planeta, já que não chegava no seu programa num disco-voador e não havia nenhum problema como praga, dengue ou sarampo entre os participantes do programa. Não sei porquê não deu certo. Acho que foi durante o período que as estações se confundiram e eu conheci a Vovó Mafalda, uma mulher mais experiente, mais vivida, tipicamente do interior, que morava numa fazenda e trabalhava ao lado de um palhaço. Aí eu já estava mais ou menos com uns 7 para oito anos. Ela me ensinou a viver, ensinou a soltar pipa, a trepar em árvore e a chupar jabuticaba. Mas quando ela me mandava crescer, eu achava que ela precisava de alguém que trabalhasse e sustentasse ela e aquela galinha que morava com ela, então, mandei ela ir atrás daquele palhaço.

Foi quando apareceu a mulher que além de paradgimas, quebrou uma gangorra: Mara Maravilha. Em meio a litros de água oxigenada eis que surge uma morena, com uma inteligência “mara” e ameaçando um triângulo amoroso no meu pequeno coração. Mas não vingou também. Acho que tinha uma queda por loiras quando era criança.

 

Nesse meio tempo vieram o Topo Giggio e o Fofão. Porra...depois de tanto mulherio como vou me entreter com um rato e uma mistura do Chucky, o boneco assassino com o Quico do Chaves? Eu queria as paquitas, com um pompom tampando as minissaias. Ter inveja das crianças que tomavam café da manhã com a Xuxa e quando participavam de uma brincadeira mandavam um beijo “pra minha mãe, pro meu pai e pra você”, e ganhavam um beijo da Xuxa com marquinha no rosto. Tudo estava perdido...


Então surge uma nova loira, a Eliana, revolucionária e educativa, todas as manhãs mostrava em cadeia nacional que sabia muito bem como usar os dedinhos! Sem contar na ginástica da “minhoquinha”. Ela deixou muito moleque tentado a fazer uma “ginastiquinha” com a “minhoquinha” na frente da telinha. Só não conseguiam porque depois que ela acabava com a dança dos dedinhos, a minhoca dos meninos não flexionava mais. Não cheguei a namorar com ela, porquê já estava estudando e começando a me preocupar com mulheres de verdade e da minha idade, principalmente dizendo que gostaria de beija-las peladas na cama, do mesmo jeito que eu já tinha visto na TV. Se eles mostram, é pra ensinar! Mas ela não durou muito tempo e logo foi substituída. 


E quem se lembra da Priscila? Apresentadora da TV Colosso. Nosso modelo de apresentadora infantil nada mais era do que uma cachorra... Por favor... Isso é doentio. Ainda bem que naquela época não existia a música “só as cachorras...as preparadas”, imagina que depressivo seria, você estudando pra prova de OSPB, Estudos Sociais ou matérias que nem existem mais e seu cachorro se aliviando numa almofada e vendo uma cachorra de pelúcia rebolando na TV.

 

A partir daí, as mulheres da TV passaram a perder a graça porquê a Xuxa alugou a barriga, teve uma geração independente, deixou as mães de todos os seus pequenos namorados de vinte anos atrás de cabelos em pé e foi chamada de praga pra baixo. Hoje tem um nome, vendeu seu disco voador pra pagar a rescisão de contrato da Marlene Matos e tem um programinha meia-boca. Mas ainda faz programas, isso é o importante. Angélica acabou aterrisando no mesmo planeta que a Xuxa morou a vida toda e mostrou que era uma alienígena infiltrada só interessada em selecionar pequenos machos e treina-los para andar de táxi e olhar para as coxas de outras mulheres atrás de uma pinta grande e característica. Muitos devem ter encontrado outras coisas, menos uma pinta. Um desses meteu o nariz (avantajado) onde não foi chamado e acabou casando por ali mesmo.

A Vovó Mafalda pra mim é um enigma. Dizem que ela era o palhaço, dizem que ela morreu. Dizem que ela nem existiu de verdade.

A Mara Maravilha, que de maravilha não tem mais nada migrou e virou cantora evangélica. E a Eliana pula daqui, pula dali, requebra de lá, tem um domingo de variedades pra evitar o ócio, e mostrou durante estes anos seu lado empreendedor, namorando, casando e separando de grandes figurões do universo corporativo nacional, mostrando que tem seu valor e merece ser avaliada como diamante lapidado após tantos anos. Vez ou outra ainda mostra que não perdeu o jeito com os dedinhos.

E eu, depois de tudo isso, resolvi partir pras mulheres de verdade que essas é que me fizeram feliz e mostraram a vida como ela é! Porquê mulher e namorada de mentira é como ler a revista Veja da semana: você sabe que já a notícia é velha, mas lê achando que é novidade.

Daqui a uns dias eu publico a continuação: A Vida Real...antes eu tenho que pegar autorização com a patroa!

Abraços

aureliomasr

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Apagão

Diz a sabedoria popular que num dia de tempestade, se a luz piscar três vezes seguidas significa que ela não vai voltar e que a rede está enfrentando algum tipo de problema.

Bom, hoje passamos por situação semelhante (vide post anterior citando que "a luz cai"). Mas sem tempestade. Pelo menos daquelas com água, vento e granizo. Mais uma vez e dessa vez com um impacto muito mais doloroso, ocorreram novas demissões onde trabalho. Todos do mesmo setor, ao todo 12 pessoas. Mães de três filhos, pais de dois filhos, uma das pessoas teve perda de todos os bens numa enchente recente na cidade. Lógico, a empresa não pode misturar os dois lados. O profissional e pessoal, mesmo se tratando de uma empresa familiar numa cidade onde ela é a maior empregadora e melhor opção de trabalho.

Não defendo a empresa e nem os demitidos.

Nem a mim mesmo.

Mas pela terceira vez passo ileso por uma demissão coletiva (dessa, não foi meu setor, mas foi na mesma área). Pra mim, a luz já piscou três vezes. Da próxima, não tem volta.

Hj a luz piscou três vezes e ficamos sem rede, sem sistema, sem luz por mais de uma hora na parte de manhã...indícios? Premonições? Não... agora nós ligamos os fatos, depois de reuniões longas, relatórios, análises... e a humanidade?

Honestamente, e depois da terceira vez, pela primeira vez temo de verdade pelo meu emprego. Não tenho medo de perdê-lo, sei que ainda consigo crescer mais fora daqui. E eu sei que vou, basta chegar a hora. Mas mesmo assim, me sinto perdido, desconsolado por ficar sem perspectiva de onde estarei amanhã. Na mesa 7 da Administração de Vendas, Ramal 4039, ou à disposição do mercado? Me fez pensar que, cada vez mais preciso de dois caixas 2. 

Não há segurança. Não existe estabilidade, garantia, certeza de que amanhã será o que esperamos, com as surpresas do dia a dia.

A empresa teve seus motivos para demitir em massa e critérios de seleção de quem ficou e quem saiu e nem cabe discutir isso.

A nós, resta buscar opções e que, cada vez menos estejamos em risco, mas sempre dispostos a corrê-los.

Aos empresários que plantam a semente da má administração e àqueles que a cultivam, o radicalismo não é a solução. 

Força a todos que foram demitidos e aos que ficaram, só desejo que mantenham controle emocional.

Marco Aurelio

terça-feira, 5 de maio de 2009

Sleepy time...sleepy time

O que vem a ser canseira? Lombeira?



Eu preciso muito dormir...uns dois dias inteiros... mas quem me libera?

A pressão cai, os pés esfriam, os telefones não tocam, cai a luz, os olhos pesam... Mas eu estou trabalhando internamente um mecanismo chamado "WAKE UP!!!"

boa semana, e não durmam pouco...vivam

aureliomasr

sexta-feira, 1 de maio de 2009

A vida anda uma festa...

Não dá pra acreditar e nem entender. A gente trabalha e reclama que não tem tempo nem pra descansar, mas também, pudera, todo final de semana tem alguma coisa diferente, e nem precisa ser feriado pra ter uma quebradeira...

Balanço de festas em 2009, fora o carnaval:
07 de fevereiro: Dores de Campos/MG, festa de casamento;
07, 08 e 09 de março: Ouro Preto/MG, colação de grau, churrascada e baile de formatura;
22 e 23 de março: São Paulo/SP, show do Radiohead, Los Hermanos e Kraftwerk;
29 e 30 de março: Belo Horizonte/MG, outro baile de formatura;
04 de abril: Dores de Campos/MG, festa de 15 anos;
10 - 13 de abril: semana santa, passamos quase metade do tempo em Prados, bebendo;
18 de abril: Dores de Campos/MG, festa de 80 anos;
20 de abril: minha casa, reunião de um trio imortal (Eu, Saulim e Junim);

agora uma pausa...

09 de maio: Tiradentes/MG, festa de casamento.

Fora os encontros de casais com cerveja, reuniões de chegados, sinucas, boteco da facul...

Haja fôlego...

aureliomasr

quarta-feira, 29 de abril de 2009

A Corda Bamba


Quando se fala em estar na corda bamba muitas pessoas assimilam de imediato a idéia de ir de um lado até o outro, enfrentando dificuldades, instabilidades e etc. Aqui trataremos do sentido oposto: se manter na corda bamba, ora equilibrado, ora desequilibrado, sem cair e como isso pode ser benéfico entre três partes diferentes.

Visualize uma corda esticada entre dois pontos fixos. Pronto? O terceiro ponto é Você.

Estes dois pontos são os pontos Um e Outro. Quando Você começa a caminhar, e sai do Um ponto com destino ao Outro ponto, duas situações – opostas – ocorrem:

  1. Você fica entre Um e Outro. E interfere na comunicação entre eles. Mesmo que queira ajudar Você é o maior prejudicado e faz o papel de “leva e trás”, além de ouvir tudo que eles falam.
  2. Você tende a se afastar de Um ponto e se aproximar do Outro, mas quando chega no meio observa que a corda bamba, com ajuda da gravidade, desce, e aproxima Um e Outro, deixando Você fora da comunicação. E eles se aproximam.

 A teoria por trás disso é que, ao analisarmos a corda bamba num primeiro momento com três pontos colineares, veremos que a seguir, os três pontos tendem a formar um triângulo, onde os vértices formados por Um ponto e por Outro se aproximam e Você sobra. Logo, entendemos que Você pode causar a interferência entre Um e Outro, mas se a harmonia for quebrada, ainda há possibilidade de que eles se aproximem, nem que para isso Você se afaste ou cometa algum erro. E, quanto mais estiver ao meio da corda bamba, mais baixo você fica, mais difícil será de chegar ao Outro ponto ou de voltar ao ponto Um. E lá, de onde Você está, no meio da corda bamba observa Um e Outro interagindo, colhendo frutos da sua interferência, a curto ou longo prazo, de lá Você preserva sua individualidade, seu espaço e capacidade. Não considere o fato que – segundo a gravidade – Você está lá embaixo.

 Não está.

Você está acima de Um e Outro, pois depois da sua interferência e durante a sua ausência, eles notaram a importância que têm Um para o Outro, pois sem Você, somente eles restam.

O importante ao se pensar numa corda bamba não é somente a travessia. É saber se manter nela, sem cair ou desequilibrar. Assim é a vida.

Pensem nisso.

Abraços.

aureliomasr

Sem comentários...Ê pé frio!

Só pra constar. Acho que sou pé frio demais.

Torci pro Massa, deu Barrichelo.

Torci pro Santos...deu Curintia.

Torci pro Galo... de Cruzeiro.

Ah nem... acho que enterraram uma cabeça de bode na minha casa!

aureliomasr

domingo, 26 de abril de 2009

De novo?

Acho que puseram um motor de Palio na Ferrari do Massa... ou de um 147. O cara só anda atrás ultimamente... e pior que dessa vez ainda foi atrás do Nelsinho Piquet (nada contra ele, mas pra quem tá com os dias contados, como ele...).

Vamos esperar a próxima!

Em tempo: os textos que estão sendo publicados são todos inéditos. Logo farei algumas republicações de textos de 2007/2008 que ainda não deram as caras por aqui.

Hoje só dá GALO e PEIXE!
(Sou são paulino...e tenho pavor de CUrintiano)

abração e boa semana!
aureliomasr

terça-feira, 21 de abril de 2009

Uma voz que não canta.

 
Este texto é dedicado àqueles levam a vida somente a sério. E mais nada.
 
Todos os dias Paulo acorda no mesmo horário. Dorme, provavelmente, no mesmo horário se seus compromissos deixarem. Se seu ego profissional assim o permitir. E, entre acordar e dormir, todos os faz praticamente as mesmas coisas. Cuida do seu corpo, da saúde às vezes se esquece. Paulo trabalha em uma empresa, que, é regida por suas coordenadas. Ele não é um mau liíder. Direciona adequadamente e orienta bem seus subordinados, tem muito conhecimento, afinal, quinzenalmente ele estuda aos finais de semana em outra cidade. Ele não é um pai ou marido ruim. Pode ser ausente, mas acontece, já que sua vida é guiada pelos seus anseios e compromissos profissionais. Se sobrar um tempo, uma vez ou outra, toda a familia viaja junta,  para algum lugar diferente, exótico ou chique. Se sobrar um tempo. Dinheiro não falta.
 
Entre um telefonema e outro, atarefado, Paulo segue sua rotina. Lê seus e-mails, participa de reuniões e articula estratégias da empresa. Falta um tempo para ele. Sua alma. Sua saúde.
 
Falta uma alegria. Pergunte-o se ele está alegre e ele perguntará "porquê?". Pergunte-o se ele está feliz e ele dirá que está satisfeito.
 
Falta tempo para sorrir. Para contar uma piada. Para cantar uma canção. Tudo que Paulo fala são números, valores, prazos, negociações, planejamentos. Não que ele seja chato. Nem que ele se ache repetitivo ou obcecado com trabalho, imagina. Mas, qual a graça da vida em levá-la somente á sério? Não se ter um tempo para sorrir, e que não seja aquela risada forçada para rir da piada de um cliente ou fornecedor. Soltar um sorriso cúmplice, num daqueles momentos de raríssima inspiração e troca de olhares o qual sabemos o que quer dizer, e nem é preciso responder com palavras.
 
Quando foi a última vez que ele deu gargalhadas por um motivo imbecil? Quando ele chorou de rir ou de emoção? Isso já aconteceu?
 
Como será a alma de Paulo? Qual o peso ou a cor da alma dele? Como ela ficará, quando não houver mais trabalho para ele? Telefonemas,  e-mails, visitas e viagens.
 
Muitas vezes eu já me peguei pensando que não devo ser tão risonho e expansivo onde trabalho. Mas, não tomo o trabalho como o motivo de viver. Ele nos ajuda a viver. Mas nosso motivo de viver é nossa família, nossos amigos. Nossa possibilidade de deitar numa rede sob um céu estrelado, dar-se o direito de não se preocupar com nada, pensar em problemas quando a "chavinha" que está em nossa cabeça virar para a posição "trabalho". Alegar que o trabalho é o sustento da família é um meio cada vez mais óbvio de justificar sua ausência. Não podemos deixar nunca de cumprir nossas obrigações, sejam quais forem, mas não podemos jamais deixar nossa família em segundo plano. Nenhuma viagem de final de semana, nenhum brinquedo ou roupa substitui o calor e conforto de um abraço, de andar de mão dadas ou empurrar uma bicicleta na primeira volta da vida de seu filho. E aí sim, ter inspiração em se dedicar, com afinco e determinação em cumprir as metas.
 
Mas não deixe de se dedicar a cantar com desafino e alegria uma canção junto aos filhos, filhas, esposas e maridos.
 
Não ponha sua vida em segundo plano.

boa semana
aureliomasr

domingo, 19 de abril de 2009

Falha nossa!


Agora que me dei conta! Tava lendo o blog do Rodrigo (Foca Songs, nos meus preferidos aí...) e me "lembrei que esqueci" de postar sobre os shows do Los Hermanos, Kraftwerk e Radiohead que fui em SP com ele...

Simplesmente perfeito. Não bate o Roger Waters, pq o Radiohead ainda não é uma lenda do rock, mas se tratando do aspecto visual, qualidade do som e o desfile de clássicos, hinos cantados em uníssono pela platéia ou mesmo sussurrados em momentos mais intimistas (vide "Exit Music") fizeram do show e, até mesmo pela companhia do Rodrigo, quem eu não via há pelo menos uns dois anos, mais um daqueles momentos inesquecíveis.

Los Hermanos...foi o segundo show deles que assisti e o primeiro que eu realmente tinha noção da catarse que é um show desse bando de barbudos que muita gente não gosta. Ou seja...desta vez eu curti de verdade o show, conhecia todas as músicas e pude estar no meio daqueles 30 e tantos mil que assistiram o que pode ter sido o último show dos caras...

É... it wears me out.


A Imagem que carregamos

Tipicamente, nas Semanas Santas, são celebradas missas,  e comumente, se o tempo permitir, há as procissões. Filas de pessoas em silêncio, orando, refletindo, celebrando e contando os passos.

E, em cidades do interior, as tradições costumam ser reforçadas com as imagens dos santos sendo carregadas por famílias tradicionais, costume que passa de geração para geração, e que às vezes vemos avós e netos carregando o mesmo andor.

É forte a imagem de uma família unida, participando da comunidade, da vida religiosa.

É forte o fato de que cada membro, cada um que carrega deve pagar um valor de R$ 2,00 à Igreja. É simbólico.

A Família carrega uma imagem durante a procissão, por alguns minutos, faz um sacrifício em nome de Deus,  da alma de Cristo ou o que seja. Uma Família se sacrifica para ficar junta nestes momentos. A Família se sacrifica para mostrar à comunidade que ainda existem.

Mas não permanecem.

Muitas, após a procissão se reúnem, conversam, tomam um café, um chá, um suco.

Qual a razão para se unir, carregar uma imagem sacra se, entre os que carregam, aquele que está à sua frente não lhe deseja nem “bom dia”, e, quando a imagem é passada para outra família (real ou imaginária), cada qual segue seu caminho, com seus amigos, seus companheiros, sem ao menos se despedirem. E ficou por isso mesmo. Por isso não esta família não permanece.

 O motivo deste afastamento não importa, mas, a meu ver o que importa é não manter estas aparências. Se a familia perdeu seu vínculo (e não sua base, ou não se esqueceu das origens), se a família perdeu o contato, se o relacionamento já não é o mesmo,  não será se expondo que suas diferenças serão resolvidas e o passado apagado. 

A imagem que carregamos em nosso semblante é fundamental para dizer se estamos em paz. Se compartilhamos humanismo e se ainda temos capacidade de dar as mãos a pais, mães, tios,  tias por amor, com um amor real. Não por mera conveniência. E, conveniência não cabe em uma família, mesmo que não a escolhamos. O que deve existir em uma família é a convivência. 

terça-feira, 31 de março de 2009

Seguir tendências ou já conhecê-las antes da massa?



Todo mundo sabe o quanto eu sou fã de Big Brother. Sim, do Big Brother de 1984, não essa palhaçada que passa na globo (é minúsculo mesmo). Acho que se eu fosse participante, seria o candidato dos anônimos... eu andaria pela casa sozinho, com um exemplar de 1984 nas mãos lendo trechos em voz alta pelos cantos... O Big Brother é um big golpe. E uma baita distorção do conceito de Orwell. Quem leu, sabe do que falo. 

Quando Winston ganhou um prêmio por permanecer alterando jornais na sua rotina, ser vigiado pelas teletelas e julgado pelos Ministérios? Só a ração se reduzia, e o resto se perdia... informações, verdades, noção do tempo e de o que é
 real ou não. Até mesmo o maior inimigo do Grande Irmão, Goldstein, se fazia duvidar se não era o próprio GI transfigurado...

Isso sem falar na Liga Juvenil Anti-Sexo... no BBB o que temos é uma liga juvenil anti-abstinência! (Não que eu seja a favor da abstinência, mas em cadeia nacional é crimidéia...).

Então eu sou tachado de maluco... seria uma vítima da Polícia do Pensamento por agir contra a massa e as idéias impostas pela mídia em me obrigar a assistir ao BBB... Obrigado. Prefiro dormir, ou ler outro livro.

E pra completar, é incrível como a reação das pessoas é prevísivel frente às ferramentas que a TV usa para divulgar seus produtos...

Explico!

Gosto muito de música...e um dois meses atrás, entrei numa fase de ouvir The Beach Boys. Baixei várias músicas, mostrei pra meus amigos e curti a fase, já superei e estou ouvindo outras coisas...


Então, no último final de semana, enquanto minha namorada "surfava" pelos canais na TV, me deparei com uma cena de um surfista no mar, em sua prancha (óbvio) e tocando "Barbara Ann", dos Beach Boys... Na hora pedi que ela voltasse ao canal. Às vezes era algum especial, ou mesmo um video clipe.

Não era.

Era uma cena.

De uma novela.



Na Globo.




Foi o fim...

Teoria da Conspiração ou não... paranóia quem sabe... já visualizei o diálogo com alguém que assista a novela ou caso haja uma moda de Beach Boys promovida pela novela:

Alguém me fala: "O que vc está ouvindo?"
Eu respondo: "Música..."
Algúem devolve: "Quem está cantando?"
Eu devolvo: "Beach Boys"
E o comentário depressivo: "Ah... é a música da novela? Me passa? Adoro ela... Beach Boys é muito bom né?"

Pra mim, isso é o fim da picada.

Isso acontece com outros e já aconteceu antes comigo também...um caso semelhante e prova da minha tolerância limitada. 

Uma vez eu estava na rua com uns cds na mão, inclusive Morrison Hotel, do The Doors. De repente me chega um conhecido, pede pra vê-los e comenta - visivelmente pra puxar assunto:

Esse CD do Doors é muito louco né cara? A música "Peace Frog eu acho a melhor do CD."

 Meu reflexo (e resposta) foi na hora: "Então canta um pedaço da música."

A pessoa engasgou, e foi embora.

Lição do dia: "Se tu sabes, manifestai-vos. Se não conheces, cala-te, escuta e aprende."

abraços a todos!
aureliomasr

quinta-feira, 12 de março de 2009

Crise? Que crise?

É só uma marola...

Pronto...essa é a piada pronta da semana, como diria José Simão. Mas fodeu de vez.

Pra quem achava que a crise não ia chegar, ela chegou. E conforme eu falei pra mim mesmo, em março ou abril. Adoro saber que estou certo...mesmo que não tenha falado pra ninguém!

Enfim..aliado à crise está a falta de planejamento de certas empresas, unido ao medo da crise vieram cortes de quadro, demissões, ajustes. E o mercado não esfriou até então! 

Até então...

Bom, então vieram recontratações. Agora, eu quero ver se o mercado esfriar. Vai mandar todo mundo embora de novo? É...com você mesmo que eu estou falando. Empresário gabaritado, despreparado e surdo.

Eu não fui demitido. Nem tenho medo de ser. Não sou incapaz. Então...mãos à obra.

De qualquer maneira, pra mim serviço é o que não tem faltado onde trabalho. E de modo geral, só falta planejamento...counseling.

Só de ontem pra hoje, pendências que ficaram no meu organizer... Duro, mais o dia-a-dia... Temos que nos adequar à realidade.


Eu me orgulho de trabalhar e fazer bem feito. E quem não é?

Bom resto de semana e boas descobertas!

domingo, 1 de março de 2009

Altruísmo ou "all true"-ismos?


Definição do Dicionário Houaiss, para altruísmo:

Altruísmo: substantivo masculino Rubrica: filosofia. Segundo o pensamento de Comte (1798-1857), tendência ou inclinação de natureza instintiva que incita o ser humano à preocupação com o outro e que, não obstante sua atuação espontânea, deve ser aprimorada pela educação positivista, evitando-se assim a ação antagônica dos instintos naturais do egoísmo; amor desinteressado ao próximo; filantropia, abnegação.

Durante o período de festas de fim de ano falamos mais dos ideais de amor ao próximo, solidariedade e fraternidade do que damos “bom dia” a nossos amigos e amores. Neste contexto fica difícil identificar aqueles que realmente desejam aquilo ou que dizem somente por dizer.

O altruísmo pode ser entendido também como uma entrega de um para outro. A entrega de um ombro, de dois ouvidos, um cerébro com respostas e sugestões para minimizar o sofrimento ou dúvidas alheias. E nem todos conseguem ser imparciais ou menos tendenciosos em suas respostas. Eu digo, pois não sou imparcial.  Ser imparcial com alguém precisando de ajuda não é ser alguém que deve dar alguma coisa ao ajudado, a não ser uma luz no fim do túnel. Que me desculpem terapeutas, psicanalistas, psicólogos e psiquiatras, mas a ajuda não pode ser cobrada, e a solução deve partir do fundo da alma do indivíduo por si mesmo, e não de meia dúzia de livros empoeirados e conceitos "pré-conceituados" baseados num espaço amostral da população.  Eu acredito em estatística populacional ou social, não na psíquica ou emocional. Ponto.

Traga isto para seu dia-a-dia e pense em quantas pessoas você conhece, as quais gastou raríssimos momentos de inspiração e transpiração dando conselhos, baseando-se em experiências próprias e no conhecimento que tem da pessoa e o ouvinte sempre termina dizendo “Você está certo, é isso mesmo que vou fazer.”.

Meia hora depois (no mínimo), o telefone toca: “Olha, foi muito bom conversar com você...me abriu mesmo a cabeça... você me fez enxergar coisas que eu realmente não tinha visto, mas eu descobri que é melhor eu voltar atrás.”

 

... Engole seco...

 

Tudo bem... faça da sua vida o que quiser, não é a minha. Eu só quis ajudar.

E não é só isso. Existem aquelas pessoas carregam uma plaquinha no pescoço escrito “Desabafe Aqui”. Pergunte a elas o que acham disso: “Nossa, é ótimo. Eu adoro ajudar as pessoas, não ligo”. Mas quando precisamos desabafar, não temos onde. Nem aquele amigo/a que só nos liga pra chorar o leite derramado, e sempre é dizendo “O que faço da minha vida? O que vai ser de mim agora?” E sempre temos palavras, palavras e paciência. Se dizemos “Eu” e o “Eu” não é “ele”, o assunto não interessa e, nosso nó continua na garganta.  A plaquinha não é refletiva...

Nós temos que fazer valer realmente o sentido de fraternidade, solidariedade (e porque não liberdade e igualdade também?!), não só nos cartões de Natal, mas o ano todo, afinal, quem nos agüenta o ano todo além de nós mesmos? E com quem dividimos nossas angústias na pior hora da noite? Eu agradeço por ter a quem recorrer, e aqueles que não têm? Pior ainda... aqueles que sofrem, sofrem, sofrem, e dizem “Deus proverá.”. O que Deus faz lá em cima, é nos guiar e iluminar, Ele não resolve nossos problemas, Ele não tem obrigação!

Nossa vida, problemas, soluções, falhas, sucessos e insucessos nós somos os responsáveis. A orientação e julgamento é por conta d’Ele.

 Eu costumava dizer que resolveria sozinho os meus problemas. Mas descobri que tem coisas que realmente não dá pra resolver sozinho, porque eu sou tendencioso, e, se não escutar uma segunda opinião, posso errar feio. E depois pode ser pior. Nessa jornada, a gente descobre muita coisa na opinião das pessoas, e variam de má vontade até segundas intenções. Dificilmente há pureza de coração.

Vamos arregaçar as mangas, ajudar sem querer ser ajudado, porque se precisarmos de ajuda, só existem duas pessoas hábeis o suficiente para nos ajudar: si próprio e seu Amor, se ele o conhecer o suficiente.


Parece um desabafo. Mas foi.


Um abraço a todos e boa semana.

aureliomasr.