terça-feira, 31 de março de 2009

Seguir tendências ou já conhecê-las antes da massa?



Todo mundo sabe o quanto eu sou fã de Big Brother. Sim, do Big Brother de 1984, não essa palhaçada que passa na globo (é minúsculo mesmo). Acho que se eu fosse participante, seria o candidato dos anônimos... eu andaria pela casa sozinho, com um exemplar de 1984 nas mãos lendo trechos em voz alta pelos cantos... O Big Brother é um big golpe. E uma baita distorção do conceito de Orwell. Quem leu, sabe do que falo. 

Quando Winston ganhou um prêmio por permanecer alterando jornais na sua rotina, ser vigiado pelas teletelas e julgado pelos Ministérios? Só a ração se reduzia, e o resto se perdia... informações, verdades, noção do tempo e de o que é
 real ou não. Até mesmo o maior inimigo do Grande Irmão, Goldstein, se fazia duvidar se não era o próprio GI transfigurado...

Isso sem falar na Liga Juvenil Anti-Sexo... no BBB o que temos é uma liga juvenil anti-abstinência! (Não que eu seja a favor da abstinência, mas em cadeia nacional é crimidéia...).

Então eu sou tachado de maluco... seria uma vítima da Polícia do Pensamento por agir contra a massa e as idéias impostas pela mídia em me obrigar a assistir ao BBB... Obrigado. Prefiro dormir, ou ler outro livro.

E pra completar, é incrível como a reação das pessoas é prevísivel frente às ferramentas que a TV usa para divulgar seus produtos...

Explico!

Gosto muito de música...e um dois meses atrás, entrei numa fase de ouvir The Beach Boys. Baixei várias músicas, mostrei pra meus amigos e curti a fase, já superei e estou ouvindo outras coisas...


Então, no último final de semana, enquanto minha namorada "surfava" pelos canais na TV, me deparei com uma cena de um surfista no mar, em sua prancha (óbvio) e tocando "Barbara Ann", dos Beach Boys... Na hora pedi que ela voltasse ao canal. Às vezes era algum especial, ou mesmo um video clipe.

Não era.

Era uma cena.

De uma novela.



Na Globo.




Foi o fim...

Teoria da Conspiração ou não... paranóia quem sabe... já visualizei o diálogo com alguém que assista a novela ou caso haja uma moda de Beach Boys promovida pela novela:

Alguém me fala: "O que vc está ouvindo?"
Eu respondo: "Música..."
Algúem devolve: "Quem está cantando?"
Eu devolvo: "Beach Boys"
E o comentário depressivo: "Ah... é a música da novela? Me passa? Adoro ela... Beach Boys é muito bom né?"

Pra mim, isso é o fim da picada.

Isso acontece com outros e já aconteceu antes comigo também...um caso semelhante e prova da minha tolerância limitada. 

Uma vez eu estava na rua com uns cds na mão, inclusive Morrison Hotel, do The Doors. De repente me chega um conhecido, pede pra vê-los e comenta - visivelmente pra puxar assunto:

Esse CD do Doors é muito louco né cara? A música "Peace Frog eu acho a melhor do CD."

 Meu reflexo (e resposta) foi na hora: "Então canta um pedaço da música."

A pessoa engasgou, e foi embora.

Lição do dia: "Se tu sabes, manifestai-vos. Se não conheces, cala-te, escuta e aprende."

abraços a todos!
aureliomasr

quinta-feira, 12 de março de 2009

Crise? Que crise?

É só uma marola...

Pronto...essa é a piada pronta da semana, como diria José Simão. Mas fodeu de vez.

Pra quem achava que a crise não ia chegar, ela chegou. E conforme eu falei pra mim mesmo, em março ou abril. Adoro saber que estou certo...mesmo que não tenha falado pra ninguém!

Enfim..aliado à crise está a falta de planejamento de certas empresas, unido ao medo da crise vieram cortes de quadro, demissões, ajustes. E o mercado não esfriou até então! 

Até então...

Bom, então vieram recontratações. Agora, eu quero ver se o mercado esfriar. Vai mandar todo mundo embora de novo? É...com você mesmo que eu estou falando. Empresário gabaritado, despreparado e surdo.

Eu não fui demitido. Nem tenho medo de ser. Não sou incapaz. Então...mãos à obra.

De qualquer maneira, pra mim serviço é o que não tem faltado onde trabalho. E de modo geral, só falta planejamento...counseling.

Só de ontem pra hoje, pendências que ficaram no meu organizer... Duro, mais o dia-a-dia... Temos que nos adequar à realidade.


Eu me orgulho de trabalhar e fazer bem feito. E quem não é?

Bom resto de semana e boas descobertas!

domingo, 1 de março de 2009

Altruísmo ou "all true"-ismos?


Definição do Dicionário Houaiss, para altruísmo:

Altruísmo: substantivo masculino Rubrica: filosofia. Segundo o pensamento de Comte (1798-1857), tendência ou inclinação de natureza instintiva que incita o ser humano à preocupação com o outro e que, não obstante sua atuação espontânea, deve ser aprimorada pela educação positivista, evitando-se assim a ação antagônica dos instintos naturais do egoísmo; amor desinteressado ao próximo; filantropia, abnegação.

Durante o período de festas de fim de ano falamos mais dos ideais de amor ao próximo, solidariedade e fraternidade do que damos “bom dia” a nossos amigos e amores. Neste contexto fica difícil identificar aqueles que realmente desejam aquilo ou que dizem somente por dizer.

O altruísmo pode ser entendido também como uma entrega de um para outro. A entrega de um ombro, de dois ouvidos, um cerébro com respostas e sugestões para minimizar o sofrimento ou dúvidas alheias. E nem todos conseguem ser imparciais ou menos tendenciosos em suas respostas. Eu digo, pois não sou imparcial.  Ser imparcial com alguém precisando de ajuda não é ser alguém que deve dar alguma coisa ao ajudado, a não ser uma luz no fim do túnel. Que me desculpem terapeutas, psicanalistas, psicólogos e psiquiatras, mas a ajuda não pode ser cobrada, e a solução deve partir do fundo da alma do indivíduo por si mesmo, e não de meia dúzia de livros empoeirados e conceitos "pré-conceituados" baseados num espaço amostral da população.  Eu acredito em estatística populacional ou social, não na psíquica ou emocional. Ponto.

Traga isto para seu dia-a-dia e pense em quantas pessoas você conhece, as quais gastou raríssimos momentos de inspiração e transpiração dando conselhos, baseando-se em experiências próprias e no conhecimento que tem da pessoa e o ouvinte sempre termina dizendo “Você está certo, é isso mesmo que vou fazer.”.

Meia hora depois (no mínimo), o telefone toca: “Olha, foi muito bom conversar com você...me abriu mesmo a cabeça... você me fez enxergar coisas que eu realmente não tinha visto, mas eu descobri que é melhor eu voltar atrás.”

 

... Engole seco...

 

Tudo bem... faça da sua vida o que quiser, não é a minha. Eu só quis ajudar.

E não é só isso. Existem aquelas pessoas carregam uma plaquinha no pescoço escrito “Desabafe Aqui”. Pergunte a elas o que acham disso: “Nossa, é ótimo. Eu adoro ajudar as pessoas, não ligo”. Mas quando precisamos desabafar, não temos onde. Nem aquele amigo/a que só nos liga pra chorar o leite derramado, e sempre é dizendo “O que faço da minha vida? O que vai ser de mim agora?” E sempre temos palavras, palavras e paciência. Se dizemos “Eu” e o “Eu” não é “ele”, o assunto não interessa e, nosso nó continua na garganta.  A plaquinha não é refletiva...

Nós temos que fazer valer realmente o sentido de fraternidade, solidariedade (e porque não liberdade e igualdade também?!), não só nos cartões de Natal, mas o ano todo, afinal, quem nos agüenta o ano todo além de nós mesmos? E com quem dividimos nossas angústias na pior hora da noite? Eu agradeço por ter a quem recorrer, e aqueles que não têm? Pior ainda... aqueles que sofrem, sofrem, sofrem, e dizem “Deus proverá.”. O que Deus faz lá em cima, é nos guiar e iluminar, Ele não resolve nossos problemas, Ele não tem obrigação!

Nossa vida, problemas, soluções, falhas, sucessos e insucessos nós somos os responsáveis. A orientação e julgamento é por conta d’Ele.

 Eu costumava dizer que resolveria sozinho os meus problemas. Mas descobri que tem coisas que realmente não dá pra resolver sozinho, porque eu sou tendencioso, e, se não escutar uma segunda opinião, posso errar feio. E depois pode ser pior. Nessa jornada, a gente descobre muita coisa na opinião das pessoas, e variam de má vontade até segundas intenções. Dificilmente há pureza de coração.

Vamos arregaçar as mangas, ajudar sem querer ser ajudado, porque se precisarmos de ajuda, só existem duas pessoas hábeis o suficiente para nos ajudar: si próprio e seu Amor, se ele o conhecer o suficiente.


Parece um desabafo. Mas foi.


Um abraço a todos e boa semana.

aureliomasr.